FALAR SAÚDE Nº 96: Adeus pivete!

Prof.ª Isabel Cristina
26/09/2016

Com a chegada do outono e a diminuição da temperatura, estamos prestes a abandonar as sandálias e a enclausurar, de novo, os nossos pés no calçado fechado, com meias e tudo. Com este hábito cultural, acontecem duas coisas...

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Falar Saúde
26 de setembro de 2016

 

 

 

 

 


As botas apertadas são uma das maiores venturas da terra porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar.
Machado de Assis


Falar Saúde Nº 96
Adeus pivete!


Com a chegada do outono e a diminuição da temperatura, estamos prestes a abandonar as sandálias e a enclausurar, de novo, os nossos pés no calçado fechado, com meias e tudo. Com este hábito cultural, acontecem duas coisas: os pés transpiram mais para tentar controlar a temperatura e o suor produzido tem mais dificuldade em evaporar, mantendo os pés sempre com alguma humidade.

O nosso suor é produzido pelas glândulas sudoríparas, sendo naturalmente um líquido (água e sal) sem odor. Porém, devido à ação de bactérias naturalmente presentes na pele, as regiões onde há mais transpiração podem passar a ter um odor desagradável, como é o caso dos pés.

A nossa pele possui uma proteína chamada queratina que é renovada constantemente. Nos pés, esta proteína, quando exposta constantemente à humidade, acaba por se destacar mais facilmente da pele, constituindo um bom “alimento” para as bactérias. Como resultado da digestão da queratina temos o famoso “chulé” ou, em linguagem mais técnica, a bromidrose plantar.

Curiosamente as mãos, com aproximadamente a mesma quantidade de glândulas sudoríparas que os pés, têm uma probabilidade quase nula de cheirar a chulé, a não ser que se esteja um dia inteiro de luvas. Por exemplo, pessoas que passam o dia inteiro de botas, sob forte calor, tendem a ter de sofrer mais desse pivete do que aqueles que passam o dia sentados, com ar condicionado e com calçado mais leve.

Neste momento, aqueles que percorrem todas as estações de sapatilhas, como os nossos alunos, devem estar a pensar “oh, meu Deus…” e, se calhar, percebem alguns dos problemas que já possam ter tido com os seus pés, como o chulé, o pé-de-atleta e outras micoses. Sim, porque o mau cheiro é apenas uma parte do problema.

Dicas para se livrarem do pivete:

  • Lavar os pés diariamente e secá-los bem, principalmente entre os dedos;
  • Trocar de meias pelo menos todos os dias; estas devem ser preferencialmente de algodão;
  • Evitar usar os mesmos sapatos dias seguidos; os sapatos não utilizados no dia devem ficar sempre em locais bem ventilados e, se possível, expostos ao sol durante algumas horas;
  • Comprar sapatos confortáveis e que garantam a ventilação dos pés;
  • Utilizar pó cutâneo antitranspirante nos pés e pó antimicrobiano nos sapatos.


Prof. Isabel Cristina

 

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