UM LIVRO POR SEMANA: A Morte do Palhaço e o Mistério da Árvore

Sugestão de Marta Martins
18/05/2018

Em todas as suas obras, Raul Brandão sempre escreveu sobre a existência humana e este livro não é uma exceção.

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Rubrica
Um Livro por Semana

 

 

 

 

 


A Morte do Palhaço e o Mistério da Árvore


Nome: “A Morte do Palhaço e o Mistério da Árvore”
Autor: Raul Brandão
Editora: D.Quixote
Modo/género literário: Narrativo/Romance

Em todas as suas obras, Raul Brandão sempre escreveu sobre a existência humana e este livro não é uma exceção.

Contudo, fá-lo numa espécie de autobiografia (“É sempre a mesma coisa há meses, a mesma ansiedade sem causa, que não sei de onde provém. […] Antes a catástrofe que espero caísse sobre mim e me estatelasse no solo, do que este terror contínuo, a inquietação do que é vago, o aflitivo do nada…”).

Assim, este romance é constituído, essencialmente, por sentimentos de dor e tristeza constante (“A sua experiência do mal de viver dava-lhe, à fantasia rútila, recantos cheios de inédito e de amargura, era como se a sua alma fosse sacudida diante dele de toda a poalha negra ou escarlate que a existência lhe deixara.”), o que acaba por se tornar aborrecido e cansativo porque repete-se, incessantemente, o mesmo género de sentimentos (por exemplo: dor [“Encontro a dor no fim de tudo.”]).

Do mesmo modo, na segunda parte, intitula-se e aborda, continuamente, o facto de ser egoísta para com as outras pessoas (“Quando alguém me descreve um doente ou eu o vejo, tenho pena do egoísmo: começo a ver aquela doença em mim. E é por um raciocínio idêntico que dou esmola. Egoísmo. – egoísmo e vaidade.”).Assim, a meu ver, esta foi uma das partes mais confusas devido a repetir inúmeras vezes a mesma temática e de o leitor ter de estar com bastante atenção para conseguir perceber.

No entanto, é um livro interessante para quem gosta deste tema que é a dor e também sendo um livro de fácil compreensão, ou seja, sem o uso necessário de dicionário, melhora a qualidade da leitura.

Portanto, apesar de ser uma obra bastante repetitiva, é interessante porque percebemos que nem todos são felizes como aparentam e que cada pessoa tem os seus problemas e não devemos julgar ninguém sem tentar perceber, primeiro, pelo que o outro está a passar.

 

Sugestão de leitura da aluna Marta Filipa Azevedo Martins, do 10.º H2

 

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