Atualmente, ao alcance de um “click”, podemos visitar as florestas mais recônditas do mundo. Mais do que nunca, temos a possibilidade de conhecer melhor este recurso natural que é fonte de vida. E, quem sabe, envolvermo-nos mais na sua preservação. Devemos assumi-la como um objetivo pessoal, como uma meta que passa a fazer parte de nós.
É sabido que as florestas atenuam as alterações climáticas, preservam a biodiversidade, fornecem água e energia, dão-nos oxigénio e absorvem dióxido de carbono. Contudo, também proveem meios de subsistência para milhões de pessoas à escala mundial, são geradoras de emprego e constituem uma forma de fixar as populações às zonas rurais. Para além disso, são um excelente local de lazer, onde podemos encontrar paz, alegria e contemplação (como comprova o vídeo apresentado).
As razões referidas são mais do que suficientes para preservarmos a floresta, numa altura em que as ameaças globais são cada vez mais inquietantes. A última edição do relatório do “Estado das Florestas do Mundo”, efetuado pela FAO (“Food and Agriculture Organization” – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, mostra que cerca de 420 milhões de hectares de floresta foram perdidos desde 1990, alertando para a necessidade de tomarmos medidas urgentes para protegermos a biodiversidade das florestas.
O “Living Planet Report 2020”, a publicação mais emblemática da WWF (“World Wide Fund for Nature”), também confirma uma dura realidade: as florestas, os oceanos e os rios estão em risco. Na verdade, o estado de saúde do planeta é bastante preocupante.
Outro relatório do WWF, recentemente divulgado, revela que 43 milhões de hectares de floresta foram perdidos entre 2004 e 2017, uma realidade que, assinala a organização, poderá colocar em perigo os ecossistemas vulneráveis que as florestas albergam e, consequentemente, a sobrevivência de muitas espécies. Por outro lado, salienta que a desflorestação encoraja o contacto entre espécies selvagens e seres humanos, possibilitando a transmissão de doenças de origem animal ao homem.
Na realidade, nunca tivemos tantos dados que nos mostram a importância da preservação da biodiversidade para a sustentabilidade do planeta e da Humanidade. É urgente preservar a floresta! O que nos falta?
A pergunta, que está longe de ser uma provocação, parece-nos absolutamente crucial numa altura em que a crise sanitária à escala mundial nos lembra de que os desafios transcendem as fronteiras do indivíduo, ou melhor, que essas fronteiras não existem. Deste modo, é necessária uma ação coletiva da sociedade, incluindo os governos e as empresas.
Os recursos naturais não são infinitos, mas são passíveis de serem renovados ou repostos. A floresta não é nossa. É de todos e deve ser respeitada.
Por vezes, sentimo-nos incapazes de proteger a Terra e subestimamos o grande valor da proatividade individual e coletiva na proteção da floresta, um dos mais importantes recursos do planeta.
Ela continua a depender de cada um de nós, ou seja, da nossa marca pessoal. Acreditamos que, se olharmos pela floresta, ela olhará por nós.
Agradecimentos especiais:
- ao Dr. Rui Tíbério pela edição do vídeo;
- à Ana Sofia Magalhães Santos (aluna do 10.º E1), pela produção do vídeo.
As professoras responsáveis,
Alice Viveiros
Olívia Magalhães