Falar Saúde n.º 1
Recomeçar

Prof.ª Isabel Cristina
30/09/2022

Após cinco anos de silêncio, este primeiro “Falar Saúde” marca o regresso à rubrica com o mesmo nome, ao mesmo tempo que se inicia mais um ano letivo sem restrições, depois de tempos desafiantes para os habitantes do nosso planeta.

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Não importa quantos passos você deu para trás, o importante é quantos passos agora você vai dar pra frente.
Provérbio Chinês

 

Na educação, professores e alunos experienciaram momentos de muito cansaço, angústia e ansiedade. E, apesar de o ensino a distância não ser uma novidade no ensino superior, foi terreno desconhecido para os ensinos básico e secundário. Fez-se o que se podia para minimizar consequências menos boas, mas só o futuro dirá se caminhámos na direção certa. No regresso ao presencial, o foco na proteção individual e a paranoia da desinfeção, afastaram os jovens, e os menos jovens, de uma forma que nunca saberemos se será possível reverter.


No presente ano letivo, os estudantes deixam de ser obrigados a utilizar máscara dentro do recinto escolar, deixam também de ter horários desfasados e acabam os corredores exclusivos a entradas e saídas. No entanto, esta situação pode sofrer alterações, pois a fase epidemiológica atual caracteriza-se por infeções com incidência elevada e possível tendência crescente (SNS Relatório n.º 28 - 21/09/2022).


Assim, a DGS (Direção-Geral da Saúde) afirma que “é da responsabilidade de cada um adotar comportamentos que minimizem o risco de transmissão do vírus” e sugere algumas medidas de saúde pública, para prevenir a infeção e a propagação da COVID-19, como se transcreve a seguir:

  • vacinar-se contra a COVID-19, salvo recomendação médica em contrário;

  • manter os espaços ventilados, preferencialmente através de ventilação natural, procedendo à abertura de portas e/ou janelas;

  • usar máscara facial, sempre que o risco de transmissão da doença seja acrescido;

  • autoisolamento perante sintomas sugestivos de COVID-19 e contactar o SNS 24 – 808 24 24 24 – ou, de forma complementar, contactar o médico de família ou a respetiva Unidade de Saúde Familiar ou outra entidade a que habitualmente recorra;

  • adotar a etiqueta respiratória, ao tossir ou espirrar: tapar o nariz e a boca com um lenço de papel ou com o braço e, posteriormente, deitar o lenço no lixo e lavar as mãos;

  • lavar e/ou desinfetar as mãos frequentemente para garantir a manutenção e a promoção das boas práticas de higiene;

  • garantir com regularidade a limpeza e desinfeção de superfícies, sobretudo aquelas onde tocam frequentemente;

  • distanciamento físico continua a ser recomendado para as pessoas mais vulneráveis, bem como para residentes em instituições de apoio ou acolhimento e para pessoas não vacinadas com o esquema vacinal completo;

  • adoção do teletrabalho: pode ser adotado sempre que as funções em causa o permitam, o trabalhador disponha de condições para as exercer e em concordância com a entidade patronal.


Apesar da preocupação generalizada com a epidemia da COVID-19, estas medidas também são importantes para prevenir outras infeções respiratórias provocadas por vírus, como a gripe sazonal, até porque se prevê, na época outono-inverno que se aproxima, a possibilidade de “ocorrência simultânea, ou sobreposição parcial, do pico da incidência da infeção por SARS-CoV-2 com o de outras doenças infeciosas respiratórias”, como refere a DGS.


Uma alimentação saudável, a prática do exercício físico, beber bastante água, dormir cerca de 8 horas diárias, limpar as fossas nasais e a garganta diariamente, manter os ambientes arejados, mas evitar as correntes de ar e as grandes variações de temperatura, são mais algumas sugestões que vos deixo, no sentido de manterem o vosso sistema imunológico em alerta e minimizarem a probabilidade de manifestar infeções respiratórias. Sobre estas últimas, podem aprofundar o vosso conhecimento na “Falar Saúde n.º 19” de 3/10/2011.


A propósito das 110 “Falar Saúde”, publicadas entre 2009 e 2017, estas podem ser consultadas neste link.

 

Votos de um bom ano letivo e com muita saúde.

 

 

Prof.ª Isabel Cristina

 

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