Visita de estudo do 12.º AQ ao complexo químico de Huelva

Grupo Disciplinar de Ciências Físico-químicas
16/04/2024

Durante a segunda semana de abril de 2024, de nove a doze de abril, realizou-se uma visita de estudo ao complexo químico de Huelva, na qual participaram os alunos do Curso de Química, Ambiente e Qualidade do 12.º ano.

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Acompanhados pelos professores José Gama e Ricardo Silva, os alunos embarcaram numa viagem cujos principais objetivos passavam pela aquisição e aprofundamento de conhecimentos inerentes ao curso, mas também despertar o interesse para a cultura de outros países, bem como estreitar laços de amizade e socialização entre todos os intervenientes.

 

Assim, tal como previsto, às 8h30, alunos e professores concentraram-se no Colégio para o início desta visita, estando a animação escondida pelo sono matinal. A viagem, de aproximadamente oito horas, foi feita sem contratempos, com uma meteorologia a ajudar, tendo sido feito um piquenique, durante o almoço, em Alcácer do Sal.

 

O segundo dia começou com a visita à estátua de Cristóvão Colombo, local onde o descobridor partiu em direção à descoberta da Índia pelo Ocidente. Tal como na ciência, onde algumas das maiores descobertas ocorrem por acidente, Cristóvão Colombo não descobriu o caminho marítimo para a Índia via ocidente, mas acabou por descobrir a América. De seguida, visitou-se a empresa “CEPSA – Refinaria de La Rábida”, tendo esta visita sido dividida em três momentos. Num primeiro momento, foi feita a apresentação da empresa e exibido o processo de fabrico dos mais variados produtos obtidos naquela fábrica. Nesta apresentação, foi dado especial foco à transição energética, estando esta refinaria a adaptar-se para produzir hidrogénio verde, em grande escala, até meados de 2030. Foi também referido a enorme preocupação ambiental nas mais variadas rotinas da empresa, bem patente na preservação do parque ambiental da mesma. Num segundo momento, visitou-se a instalação fabril, tendo sido possível ver de perto aquilo que é, aparentemente, um embaralhado de tubos, mas não é mais do que um conjunto de equipamentos a funcionar em sincronia na perfeição, controlados, local e remotamente, por técnicos qualificados. Também foi possível ver o desenvolvimento das obras que adaptará parte desta fábrica para a produção de hidrogénio verde. Num terceiro momento, visitou-se o parque ambiental da empresa, onde se constatou que a lagoa existente se encontra totalmente descontaminada, tendo vários ecossistemas sido recuperados graças a um grande empenho. Durante este dia, houve ainda a oportunidade de visitar o monumento alusivo aos descobrimentos, junto ao “Mulle de las Carabelas”, onde estão as réplicas de duas Caravelas, comandadas por Cristóvão Colombo na viagem de descoberta da América, “Niña” e “Pinta”.

 

No terceiro dia visitou-se uma das maiores fábricas produtoras de cobre a nível mundial. A matéria-prima utilizada nesta fábrica provém da extração mineira, nomeadamente das minas de Neves-Corvo em Portugal. Desde o minério à entrada, que contém cerca de 15% (m/m) de cobre, até à eletrólise para a obtenção do produto final, cobre com uma pureza de 99,99% (m/m), pudemos tomar contacto com os vários processos desenvolvidos e aperfeiçoados pela empresa. Para além do cobre, nesta indústria, também se obtêm outros produtos, tal como o ácido sulfúrico, que se comercializa para outros processos industriais, nomeadamente na produção de adubos químicos. Outros compostos mais ou menos nobres são separados durante o processo da fundição, por exemplo silicatos de ferro, que são incorporados no alcatrão das autoestradas, e também ouro e prata, metais de elevado valor monetário. Também nesta empresa foi evidente o grande cuidado ambiental na laboração, bem patente nas vastas plantações de morangos, vizinhas das várias fábricas ali existentes. Neste dia, ainda houve oportunidade de se rumar a Sevilha, uma cidade espanhola, situada a sudoeste da Península Ibérica, na Comunidade Autónoma de Andaluzia. O “Reales Alcázares” de “Sevilla”, a Catedral, o Bairro Gótico, a Torre do Ouro e toda a vida da cidade captou a atenção de todos, quer pelas conjugações de diversos estilos arquitetónicos e arte, mas também pelos seus magníficos jardins e vegetação envolvente. Com um passeio pelo belo Parque “María Luísa”, a visita prosseguiu, após um reconfortante almoço, até se chegar à majestosa Praça de Espanha, onde se faz jus à cultura espanhola. Esta praça é atravessada por um canal cujas quatro pontes representam os quatro antigos reinos da Espanha, e onde foi possível recarregar energias.

 

No regresso a casa, na sexta-feira, houve tempo, ainda, para parar no Parque das Nações, em Lisboa, aproveitando um pouco daquilo que este espaço tem para oferecer em termos culturais e gastronómicos. A chegada ao Colégio deu-se por volta das 18h00, tendo sido pautada pela alegria do reencontro de familiares e pela saudade que já se fazia sentir do convívio e da bonita cidade de Sevilha. Como alguém referiu, tudo faz sentido e se completa quando se regressa são e salvo ao ponto de partida, quando se chega a casa!

 

A opinião dos intervenientes é a de que a viagem foi profícua, não apenas a nível científico e cultural, mas também pela aproximação de laços de amizade e companheirismo entre aqueles que participaram nesta visita.

 

O GRUPO DISCIPLINAR DE CIÊNCIAS FÍSICO-QUÍMICAS

 

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