Um pedaço de pão comido em paz é melhor do que
um banquete comido com ansiedade.
Esopo
Falar Saúde Nº 20
O Direito à Alimentação!
“O Direito à Alimentação” é o tema
escolhido pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e
Agricultura) para comemorar, este ano, os 30 anos do Dia Mundial da
Alimentação (16 de Outubro), o que denota o crescente reconhecimento
pela comunidade internacional da importância de erradicar a fome e a
pobreza.
Neste sentido, a Associação Portuguesa de Dietistas
identifica os 10 mais importantes Direitos à Alimentação, que a seguir
se apresentam:
-
Direito a pelo menos 3 refeições diárias;
-
Direito à alimentação a custo acessível e
justo;
-
Direito a uma alimentação saudável;
-
Direito a uma alimentação variada;
-
Direito a comer em porções adequadas;
-
Direito ao prazer da alimentação;
-
Direito a uma alimentação de qualidade;
-
Direito à segurança alimentar;
-
Direito a informação sobre alimentação;
-
Direito ao aconselhamento nutricional por
um dietista.
Mas se uns “pecam” por defeito, outros fazem-no
por excesso e o problema da obesidade está aí. Poucos sabem que a fome
também pode resultar do desequilíbrio nutricional e caiem na asneira de
continuar a alimentar-se como se não existissem regras básicas para uma
nutrição completa, equilibrada e variada, as quais podemos encontrar na
roda dos alimentos. A crise financeira não justifica tudo, a pobreza de
espírito de algumas famílias também ajuda.
Numa época em que as
cadeias televisivas apostam nos concursos de perda de peso em busca de
audiência, deixo-vos com um artigo do Jornal de Noticias, de 26 de
Fevereiro do corrente ano, na esperança de ter também a vossa atenção
para a epidemia do século XXI.
“Adolescentes portuguesas
estão entre as mais obesas”
Portugal é um dos sete países da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com
mais obesidade entre as raparigas adolescentes.
"Entre os países da
OCDE, os níveis mais altos de obesidade registados em 2007 foram
constatados nos quatro países da Europa Meridional - Espanha, Grécia,
Itália e Portugal -, ao lado das principais nações anglófonas -- Canadá,
Estados Unidos e Reino Unido", lê-se no relatório Situação Mundial da
Infância 2011, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Diz a UNICEF que, nos "países industrializados e em desenvolvimento, a
obesidade é uma preocupação séria e crescente".
De um conjunto de dez
países em desenvolvimento, que não são explicitados no documento, a
UNICEF constatou que entre 21 a 36% de raparigas com idades
compreendidas entre os 15 e os 19 anos apresentavam excesso de peso, com
um índice de massa corporal superior a 25.
Acrescenta a agência das
Nações Unidas que "as meninas são mais vulneráveis a dificuldades
nutricionais do que os meninos", adiantando ainda que "em nove países,
com exceção da Índia, todos os demais situados na África Ocidental e
Central, mais de 50% das meninas de 15 a 19 anos de idade sofrem de
anemia”.
O relatório deste ano é dedicado à adolescência, encarada
como uma "fase de oportunidades", e divide-se em quatro capítulos: "A
nova geração", "Realizando os direitos dos adolescentes", "Desafios
globais para os adolescentes" e "Investindo nos adolescentes".»
Prof. Isabel Cristina
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