FALAR SAÚDE Nº 29: Mudar de vida

Prof. Isabel Cristina
15/03/2012

Aproxima-se mais uma semana de ExpoCIC durante a qual os alunos do Colégio têm a oportunidade de mostrar, à comunidade educativa, aos pais e amigos, e aos alunos de outras escolas, os trabalhos que são desenvolvidos nas várias disciplinas técnicas dos seus cursos.

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Rubrica GOVCIC 02 de Março de 20
 

 

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Falar Saúde
15 de Março de 2012

 

 

 

 

 


Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre.
Charles Chaplin


Falar Saúde Nº 29
Mudar de vida

Aproxima-se mais uma semana de ExpoCIC durante a qual os alunos do Colégio têm a oportunidade de mostrar, à comunidade educativa, aos pais e amigos, e aos alunos de outras escolas, os trabalhos que são desenvolvidos nas várias disciplinas técnicas dos seus cursos.

Para além de promover os cursos e a própria instituição, a ExpoCIC deve ser um exemplo de pedagogia e cidadania e, como tal, foi a pensar neste aspeto que os professores do curso de Biotecnologia orientaram os seus alunos num trabalho que pretende alertar para o perigo das doenças crónicas, a principal causa de morte e incapacidade no mundo, segundo a OMS. Mas, o mais irónico, é que podem ser prevenidas!

Assim no stand de Biotecnologia podem ser encontradas algumas atividades que visam avaliar parâmetros que devem ser tidos em conta na ação preventiva destas doenças.

Seguem-se algumas informações gerais sobre as doenças crónicas e que podem ser encontradas no portal da saúde (www.portaldasaude.pt ).

Qual é o impacto das doenças crónicas no mundo?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que as doenças crónicas de declaração não obrigatória, como as doenças cardiovasculares, a diabetes, a obesidade, o cancro e as doenças respiratórias, representam cerca de 59 por cento do total de 57 milhões de mortes por ano e 46 por cento do total de doenças. Afetam países desenvolvidos e países em vias de desenvolvimento.

A expansão das doenças crónicas reflete os processos de industrialização, urbanismo, desenvolvimento económico e globalização alimentar, que acarretam:

  • Alteração das dietas alimentares;

  • Aumento dos hábitos sedentários;

  • Crescimento do consumo de tabaco.

Cerca de metade das mortes causadas por doenças crónicas está diretamente associada às doenças cardiovasculares.

Os ataques cardíacos e os enfartes do miocárdio matam cerca de 12 milhões de pessoas por ano. A hipertensão e outras doenças cardíacas matam, por sua vez, 3,9 milhões de pessoas. Cerca de 75 por cento das doenças cardiovasculares são atribuíveis a:

  • Colesterol elevado;

  • Tensão arterial elevada;

  • Dieta pobre em frutas e vegetais;

  • Sedentarismo;

  • Tabagismo.

Calcula-se que, em todo o mundo, existam 177 milhões de pessoas a sofrer de diabetes, sobretudo de tipo 2. Dois terços do total vivem nos países em vias de desenvolvimento. Mais de mil milhões de adultos sofrem de excesso de peso. Destes, pelo menos 300 milhões são clinicamente obesos.

Porque é que as doenças crónicas têm, a nível mundial, um impacto tão grande na saúde?

Porque os hábitos alimentares alteraram-se. As pessoas consomem, hoje em dia, alimentos mais calóricos, com elevado nível de açúcar e/ou gorduras saturadas, e excessivamente salgados.

A mudança dos hábitos alimentares e a implantação de um estilo de vida sedentário estão a ocorrer a um ritmo muito mais rápido nos países em vias de desenvolvimento, por comparação com o que aconteceu nos países desenvolvidos. As doenças crónicas estão a crescer em muitos dos países mais pobres, articulando-se de forma muito perigosa com outra calamidade: as doenças inoficiosas.

Quais são os fatores de risco?

Apesar de muito diferentes entre si, as doenças crónicas apresentam fatores de risco comuns. São poucos e podem ser prevenidos:

  • Colesterol elevado;

  • Tensão arterial elevada;

  • Obesidade;

  • Tabagismo;

  • Consumo de álcool.


Como reduzir os riscos de ocorrência de doenças crónicas?
Através da alteração do seu estilo de vida poderá, em pouco tempo, reduzir o risco de desenvolver uma doença crónica.

  • Alterando a dieta alimentar – privilegiar frutas, vegetais, frutos secos e cereais integrais; substituir as gorduras animais saturadas por gorduras vegetais insaturadas; reduzir as doses de alimentos salgados e doces;

  • Iniciando a prática de exercício físico diário;

  • Mantendo um peso normal – Índice de Massa Corporal entre 18,5 e 24,9.

  • Eliminando o consumo de tabaco.

Já está comprovado que as intervenções comportamentais sustentadas são eficazes na redução dos fatores de risco para a população. Mais de 80 por cento dos casos de ocorrência de doenças cardíacas coronárias, 90 por cento dos casos de diabetes de tipo 2 e de um terço das ocorrências de cancro podem ser evitados através da alteração dos hábitos alimentares, do aumento de atividade física e do abandono do tabagismo.

Prof. Isabel Cristina

 

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