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            Rubrica 
            Falar Saúde 
            
			1 de Maio de 2012 | 
           
         
		
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		Se tens um coração de ferro, bom proveito.  
		O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia. 
		José Saramago 
      
		
		 
		Falar Saúde Nº 31 
		Por amor ao coração 
		O mês de maio é, 
		para a saúde, o mês do coração. Muitas são as iniciativas pelo nosso 
		país que visam alertar para comportamentos saudáveis no sentido de se 
		evitarem as doenças cardiovasculares, principal causa de morte em 
		Portugal.  
		Entre outros, os níveis de colesterol num organismo 
		humano podem representar fatores de risco no aparecimento destas 
		doenças. Desde a publicidade à conversa de banco de jardim, muito se 
		fala de colesterol nos dias que correm. Mas será que todos estamos 
		devidamente esclarecidos quanto aos benefícios e aos malefícios deste 
		lípido que anda nas bocas do mundo? 
		Foi neste sentido que as 
		alunas Mariana Marques e Patrícia Dias do 12º BT1 preparam o artigo que 
		se segue no âmbito da disciplina de Noções Básicas de Saúde. 
		Prof. 
		Isabel Cristina 
		
  Segundo os últimos dados da Fundação Portuguesa 
		de Cardiologia, 63% dos portugueses têm o colesterol acima dos valores 
		recomendados pela Sociedade Portuguesa da Aterosclerose. Este colesterol 
		em excesso, o que se costuma chamar de “mau” colesterol, é um dos 
		principais fatores de risco no desenvolvimento de doenças 
		cardiovasculares. Todos os anos estas são responsáveis por 39% das 
		mortes em Portugal.  
		O que é o colesterol? 
		O colesterol é uma 
		substância gordurosa complexa, metabolizada pelo fígado e existente no 
		sangue dos animais e em alguns alimentos, em especial em gorduras 
		saturadas (chocolate, bolachas recheadas, salgadinhos,…) e em alimentos 
		ricos em colesterol (carne vermelha com gordura, gema de ovo, presunto, 
		peixes gordurosos,…). É uma espécie de "gordura do sangue" e, como as 
		gorduras não se misturam com a água, o colesterol é insolúvel no sangue. 
		Para ser transportado através da corrente sanguínea, liga-se a diversos 
		tipos de lipoproteínas, partículas esféricas que têm sua superfície 
		exterior composta principalmente por proteínas hidrossolúveis (que se 
		dissolvem na água). 
		Porque não podemos viver sem ele? 
		O nosso 
		organismo é formado por milhares de milhões de células, e praticamente 
		todas elas produzem colesterol continuamente, durante toda a nossa vida, 
		porque cada célula, de cada órgão, tem colesterol na sua estrutura. O 
		colesterol é parte integral e muito importante da membrana celular dos 
		animais e é também o principal esteroide sintetizado pelos animais. É 
		também importante uma vez que auxilia nos processos de metabolismo, 
		funcionando como reserva de energia e colabora com a produção das 
		hormonas sexuais e do cortisol. 
		Tipos de colesterol 
		Como já 
		foi referido, o colesterol circula na corrente sanguínea ligado a 
		lipoproteínas. 
		Existem vários tipos de lipoproteínas, e estas são 
		classificadas de acordo com a sua densidade. Dependendo dessa 
		classificação, o colesterol é classificado em dois tipos: 
		
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 O 
		colesterol HDL – representa a fração de colesterol que circula na 
		corrente sanguínea ligada às lipoproteínas plasmáticas de alta densidade 
		(High Density Lipoprotein). É chamado de “bom colesterol”, uma vez que 
		níveis elevados deste tipo de colesterol estão relacionados com a 
		redução do risco de doenças cardiovasculares, pois as lipoproteinas de 
		alta densidade (HDL) são responsáveis pelo transporte do colesterol em 
		excesso, da corrente sanguínea para o fígado, onde é catabolizado. 
			 
			- 
			
 O colesterol LDL – representa a fração de colesterol ligado às 
		lipoproteínas plasmáticas de baixa densidade (Low Density Lipoprotein). 
		Define-se como “mau colesterol”, uma vez que as lipoproteínas 
		plasmáticas de baixa densidade transportam o colesterol do fígado para a 
		corrente sanguínea, favorecendo a sua acumulação nos órgãos e tecidos. 
		Valores elevados de colesterol LDL estão associados a um desenvolvimento 
		da aterosclerose e, consequentemente, aumento do risco de doenças 
		cardiovasculares. 
			 
		 
		Fatores desencadeantes do colesterol: 
		
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Genética – É um dos principais fatores determinantes do colesterol. Isso 
		quer dizer que uma pessoa pode ter uma dieta rica em gorduras e o nível 
		de LDL no sangue ser baixo porque o seu fígado consegue eliminar o 
		excesso de forma adequada. Por outro lado, alguém com uma dieta 
		equilibrada pode ter os níveis altos porque o organismo não é capaz de 
		eliminar tão bem as gorduras; 
			 
			- 
			
 Maus Hábitos Alimentares – O consumo 
		de gorduras saturadas aumenta as LDL. Este tipo de gordura é encontrada 
		maioritariamente em produtos animais; 
			 
			- 
			
 Idade – À medida que 
		envelhecemos, os níveis de colesterol LDL tendem a aumentar; 
			 
			- 
			
 Peso – 
		Pessoas que estão acima do peso têm mais probabilidade de apresentar 
		altos níveis de LDL; 
			 
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 Sexo – Os homens tendem a ter níveis de LDL 
		mais altos; 
			 
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 Doenças – Doenças como a diabetes podem diminuir os 
		níveis de HDL; 
			 
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 Estilos de vida – Fatores que afetam de forma 
		negativa os níveis de colesterol também incluem altos níveis de stress 
		(que pode aumentar o nível total de colesterol), o ato de fumar (que 
		pode diminuir o nível de HDL em até 15%). 
			 
		 
		A hipercolesterolemia é 
		a presença de quantidades de colesterol acima do normal no sangue e por 
		si só é silenciosa. No entanto, com o passar do tempo, a situação tende 
		a agravar-se significativamente. A hipercolesterolemia é o principal 
		fator envolvido no desenvolvimento da aterosclerose, que ocorre quando a 
		gordura se acumula por baixo do revestimento interno da parede arterial 
		(formação de um ateroma), provocando o seu espessamento. Uma vez que a 
		aterosclerose diminui de modo considerável o lúmen de uma artéria, 
		“entupindo-a”, as zonas do organismo que esta alimenta podem não receber 
		sangue suficiente e, como consequência, o oxigénio necessário. 
		Geralmente, a aterosclerose não produz sintomas até estreitar gravemente 
		a artéria ou causar uma obstrução súbita. Os sintomas dependem do local 
		onde se desenvolve a aterosclerose: o coração, o cérebro, as pernas ou 
		em qualquer outra parte do organismo. 
		Níveis de colesterol 
		ideais: 
		
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Colesterol Total: abaixo de 200mg/dl de sangue
			 
			 
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 Colesterol HDL: de 40 a 80 mg/dl 
			 
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 Colesterol LDL: de 50 a 140 mg/dl 
			 
		 
		Prevenção 
		A prevenção passa essencialmente por uma alimentação 
		equilibrada, evitando alimentos com baixos níveis de gorduras saturadas 
		e colesterol e dar preferência a alimentos ricos em fibras, pela prática 
		de exercício físico, evitar o stress, o tabaco e bebidas alcoólicas. 
		Efemérides importantes: 
		
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Dia Mundial da Hipertensão – 17 de maio 
			 
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Dia Nacional de Combate ao Colesterol – 8 de agosto 
			 
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Dia Mundial 
		do Coração – 26 de setembro 
			 
			- 
			
Dia Mundial do AVC – 29 de outubro 
			 
		 
		Mariana Marques e Patrícia Dias, 12º BT1 
		
  
		
		
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