O importante não é o que se dá, mas o amor com que se dá.
Madre Teresa de Calcutá
Falar Saúde Nº 32
Sangue é vida
No dia 9 de maio recebemos, no nosso
colégio, a Dra. Maria da Conceição Araújo em representação do Centro
Regional de Sangue do Porto (CRSP), serviço desconcentrado do Instituto
Português do Sangue, que nos presenteou com uma sessão de esclarecimento
para a importância da dádiva de sangue.
Durante cerca de uma hora
e meia, os alunos do curso de Biotecnologia, e no âmbito da disciplina
de Noções Básicas de Saúde, tiveram a oportunidade de:
-
conhecer
como funciona o CRSP no serviço à comunidade;
-
complementar os seus
conhecimentos sobre hematologia;
-
ficar mais sensíveis e motivados
para a doação de sangue, quando atingirem a idade para tal.
Nem
demos conta do tempo passar. A capacidade de comunicação da Dra.
Conceição e a empatia criada com a assistência fizeram de um assunto tão
delicado, do qual depende a vida de tanta gente todos os dias, um
compromisso de saúde a estabelecer connosco e com os outros.
Na
minha perspetiva pessoal o auge da sessão foi atingido com o conceito do
dador indireto. Todos podemos ser dadores indiretos, ou seja, todos
temos o dever de tomar as medidas possíveis para evitar o acidente e não
arriscar a vida de forma irresponsável só para sentirmos a adrenalina do
momento. A Dra. Conceição partilhou connosco algumas situações que nos
deixaram arrepiados… Pessoas com comportamentos irresponsáveis, salvas
pela reserva de sangue que estava destinado a doentes graves. Dá que
pensar, não? A grande lição é que se não pudermos dar sangue, pelo menos
não devemos contribuir para o seu consumo despropositado.
Muito
mais poderia ser dito aqui, mas em tempo oportuno voltarei a este tema
com mais esclarecimentos. Por agora deixo-vos com algumas das perguntas
mais frequentes e sugiro que consultem o sitio do Instituto Português do
Sangue http://ipsangue.org/.
Porquê dar sangue?
Porque todos
os dias a vida, de recém-nascidos, crianças e adultos, depende da
existência de sangue nos hospitais para a realização de operações,
tratamento de doenças, para evitar a transferência dos doentes para
outros hospitais, diminuir o sofrimento dos doentes e dos familiares, em
suma para permitir que os Serviços de Urgência possam funcionar em
pleno.
A dádiva de sangue é assim uma forma única de partilha e
um ato de solidariedade humana que pode realmente fazer a diferença para
outra pessoa.
Quem pode dar sangue?
Pessoas saudáveis entre os
18 e os 65 anos (60 anos se for a primeira vez) saudáveis e sem
comportamentos de risco, que se façam acompanhar do documento de
identificação. As mulheres podem fazer 3 doações de sangue por ano e os
homens podem fazer 4 doações, com um intervalo mínimo de 3 meses.
É seguro?
Sim, porque a quantidade colhida (450 ml) é rapidamente
compensada pelo organismo que possui entre 5 a 6 litros de sangue. Além
disso, antes da dádiva é efetuado um exame médico e os dadores são
consultados por um médico.
É preciso estar em jejum?
Não, é
até conveniente estar alimentado, tendo no entanto o cuidado de evitar
alimentos ricos em gordura e bebidas alcoólicas.
Qual é a altura
do ano em que os centros regionais mais precisam de dádivas de sangue?
Épocas festivas e férias.
Prof. Isabel Cristina
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