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Rubrica
Um
Livro por Semana |
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O retrato de Dorian Gray
Um pintor, Basil Hallward, retratou um
amigo seu, Dorian Gray, num belíssimo quadro e ofereceu-lho.
Espantado com a sua própria beleza e entristecido por esta ser tão
efémera, tenta fazer um acordo: manter o seu aspeto atual à medida
que os anos passam enquanto que o seu retrato envelhece.
No entanto, de cada vez que Dorian peca, o
quadro fica com marcas, que representam nada mais nada menos que uma
metáfora para temas como o amor, o castigo e o arrependimento.
Este livro é, sem dúvida, um dos meus
favoritos, mas também é bastante complicado. É um livro arrojado
para a altura e, apesar de o autor começar por dizer que a arte é o
espelho de quem a vê, ao longo do livro conseguimos denotar as
dúvidas e preocupações que o autor sente e luta para ultrapassar.
Apesar de tudo, a minha personagem favorita
é, claramente, o Lord Henry, porque era, além da mais carismática, a
mais controversa delas todas, tendo opinião sobre tudo, desde a
sociedade até à arte.
Não obstante, todas as personagens
representam algo. Com o pintor, podemos depreender o fascínio da
sociedade pela beleza, admiração esta que ele imortaliza na sua
obra-prima, superando-se a ele mesmo e à própria sociedade.
Concordo quando dizem que esta obra é um
marco da literatura, uma vez que se mantém atual, fazendo-nos pensar
nas verdadeiras consequências das nossas ações e como a nossa ‘alma’
pode ser tão facilmente corrompida quando sobrevalorizamos
futilidades.
Título: “O retrato de
Dorian Gray” Autor: Oscar Wilde Modo
/ Género literário: Narrativo / Romance
Sugestão de leitura de Renata Monteiro, 10º
S2
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