Empreendedorismo: Uma forma de sobreviver à
crise
Seja na televisão, seja nos jornais ou na rádio,
todos os dias ouvimos a palavra “empreendedorismo”. Numa realidade onde a
crise económico-social vem desalentar a vida de muitas pessoas e onde o
trabalho é extremamente escasso, todos querem primar pela diferença, todos
querem ser o caso à parte que eventualmente tem sucesso. Todos querem ser
empreendedores.
De facto, as oportunidades vão aparecendo àqueles
que de alguma forma se destacam. É neste contexto que a ANJE (Associação
Nacional de Jovens Empresários) criou a Feira do Empreendedor, no intuito
de mostrar aos demais que há, de facto, vias para o sucesso e essas vias
partem do poder das ideias de cada um.
Assim sendo, os alunos do 12º ano de Línguas e
Relações Empresariais e de Contabilidade e Gestão embarcaram numa visita
rumo à Alfândega do Porto, no sentido de estarem presentes na referida
feira que lá se realizou para então explorarem esta temática do
empreendedorismo.
O dia foi presenteado com sete atividades pelas
quais os alunos foram divididos.
Em primeiro lugar alguns alunos atenderam ao
“Simulador de entrevistas”. Aquando da ida a uma entrevista de emprego, é
necessário ter em atenção alguns aspectos quanto ao código de conduta,
que, nesta palestra, foram discutidos em prol de se definirem então alguns
dos passos para o sucesso. Desta forma, os passos passam por fazer uma
pequena investigação quanto à empresa de forma a evitar imprevistos;
envergar um vestuário de esteja de acordo com o código visual da empresa
sem descurar de mostrar, discretamente, um pouco do lado pessoal; ter em
atenção o comportamento corporal, no sentido de mostrar segurança e
adequar a postura à do entrevistador; mostrar determinação nas ideias do
que se quer fazer e porquê, evitando respostas decoradas, bem como assumir
a posição na empresa (por exemplo usar o “nós” se for posta uma situação
hipotética) revelando interesse, que será um fator muitíssimo relevante
para criar impacto, e, por último, tentar fazer uma escolha acertada
quanto ao que se quer fazer, pois convém gostar da atividade para que o
trabalho seja mais produtivo.
Ao mesmo tempo, perto da Alfândega, no Museu do
Vinho do Porto, decorria uma pequena visita guiada para outros alunos
pelas instalações do mesmo, por forma a revelar um pouco da história que
acompanha o negócio deste vinho, grandioso símbolo nacional.
Posteriormente assistiu-se à conferência “Woman
Inov”, onde se ouviu o testemunho de dois exemplos de mulheres
empreendedoras bem-sucedidas, que em caso de dificuldade não baixaram os
braços e decidiram apostar nos nichos de mercado, montando os seus
próprios negócios. Os seus depoimentos foram uma verdadeira afirmação de
como o poder feminino e a determinação podem ultrapassar fronteiras.
Da parte da tarde as atividades prosseguiram e os
alunos tiveram a oportunidade de assistir a uma palestra sobre “Como
elaborar um vídeo CV”. Esta ferramenta em voga de se apresentar no mundo
do trabalho permite criar um maior impacto na pessoa que poderá ter o
nosso futuro nas mãos, pelo que se a deve aproveitar da melhor forma.
Neste decurso, deve-se dar asas à imaginação e à criatividade, mostrar
dinamismo, transmitir confiança, atitude e boa energia. Tendo em conta que
o vídeo currículo deve ser uma extensão do currículo tradicional, deve
evitar-se que seja um reflexo do segundo, pelo que é uma boa oportunidade
para mostrar claramente o nosso carácter, competências de comunicação e os
nossos objetivos e ambições.
Mais tarde, foram apresentadas estratégias de
sucesso para um futuro melhor após a conquista de um emprego. O
individualismo e a falta de atitude são caraterísticas a evitar, ao
contrário da valorização do “eu” e a humildade.
Mas afinal, o que procura o mercado de trabalho?
A experiência e a formação são aspetos essenciais, porém a personalidade
do indivíduo é um critério que pode ajudar na decisão final, em caso de
dúvida. Está comprovado que a inteligência emocional e a atitude positiva
ajudam a vencer no mercado, juntamente com o equilíbrio pessoal e
profissional.
Concluímos que o sucesso não é a meta, é o
caminho. Cabe-nos a nós encontrá-lo ao definir os nossos objetivos,
assumir as responsabilidades e o compromisso, e, sobretudo, concretizá-los
com persistência. Afinal de contas, é isso mesmo o tão falado
empreendedorismo.
Mónica Pinho e Eduardo Peixoto, 12.º LRE
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