UM LIVRO POR SEMANA: Sinais de Fogo

Sugestão de Catarina Silva, 11ºLR
26/04/2013

Jorge de Sena revela neste premiado “Sinais de Fogo” um relato histórico pormenorizado e, sobretudo, uma extraordinária expressão das mais variadas inquietações do coração de um homem.

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Rubrica
Um Livro por Semana

 

 

 

 

 


Sinais de Fogo

Título: “Sinais de Fogo”
Autor: Jorge de Sena
Editora: Coleção Mil Folhas
Modo/Género literário: Narrativo/Romance

Jorge de Sena revela neste premiado “Sinais de Fogo” um relato histórico pormenorizado e, sobretudo, uma extraordinária expressão das mais variadas inquietações do coração de um homem.

Neste relato pessoal, sentimo-nos tão próximos do protagonista que com ele iniciámos uma viagem que não terá regresso…

A cidade, as praias e aqueles que todos os anos escolhiam a Figueira da Foz como destino de férias tinham sido apanhados desprevenidos pela guerra e a adaptação a essa realidade não seria fácil, num país em que a ditadura salazarista se avizinhava.

Jorge, o protagonista, foi para a casa dos tios aproveitar o tempo livre de aulas e reencontrar os seus amigos de todos os verões, numa atmosfera separada da Lisboa que deixava para trás. Nos cafés da cidade, explodem discussões entre franquistas e radicalistas espanhóis, o tio mantém dois clandestinos em casa e as amizades estão diferentes. Rodrigues, Ramos, Macedo e a bela Mercedes já não são os mesmos do ano anterior. Ou será o próprio Jorge que está a mudar? Entre a descoberta da sexualidade e a entrada na idade adulta, num território que sente próxima a guerra que decorre além fronteira, os episódios são narrados pelo jovem lisboeta, na primeira pessoa, numa autodescoberta tão profunda que se torna por vezes cruel.

Esta obra é parte do grande projeto de ficção (Monte Cativo) que Jorge de Sena nunca chegou a acabar, e mesmo a sua publicação foi póstuma. As cenas descritas, as palavras usadas, as dúvidas presentes ainda hoje provocam reações apaixonadas e, ao longo da leitura, surge sempre uma comparação entre o escritor e aquele também chamado Jorge que, entre fogos acesos, se descobre poeta.

Sugestão de Leitura de Catarina Silva, 11.ºLR

 

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