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Rubrica
Falar Saúde
6 de maio de 2013 |
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A cerveja é a prova viva de que Deus nos ama e nos quer ver
felizes
Benjamin Franklin
Falar Saúde Nº 50
Loira gelada
Com o tempo a aquecer, poucos são aqueles
que dispensam uma cerveja gelada para matar a sede. Loira gelada,
bejeca, fino ou imperial, seja qual for a designação, esta é uma bebida
que cai bem com qualquer comida, desde o tremoço à francesinha.
Apesar de alcoólica, alguns apreciadores
desconhecem os benefícios do seu consumo para a saúde. O importante,
como tudo na vida, é a moderação. Aproveito para recomendar a
visualização do documentário da Discovery Channel “Como a cerveja salvou
o mundo”, que conta toda a história da humanidade e de como a cerveja
nos ajudou desde os primórdios, nas plantações, na criação da roda, da
escrita e até da matemática.
Enquanto isso e para vos esclarecer um pouco
mais sobre este líquido dos deuses, a Ana Ferreira, do 12BT2, investigou
e partilha aqui o que descobriu.
Prof. Isabel Cristina
O que é a cerveja?
Esta bebida é feita com ingredientes 100%
naturais, como a água, a cevada e o lúpulo (flor da planta Humulus
lupulus que é utilizada como fonte de amargor, para contrabalançar com a
doçura do malte, para além de ser das raras bebidas que contêm vitaminas
B e minerais de forma natural.
Entre muitas é considerada a melhor opção, uma
vez que contém baixo grau alcoólico e mais de 90 % de água, tendo um
efeito diurético. Uma bebida amarelo-ouro, sabor amargo, gasosa e
servida extremamente gelada. Esta poderia ser uma descrição coerente se
a nossa velha amiga (com mais de 6.000 anos de idade), não tivesse
muitas outras qualidades e diversificações.
É uma das bebidas alcoólicas mais consumidas em
todo o mundo e, não sendo exceção, em Portugal. Jovens, adultos e idosos
a bebem, a cerveja não escapa a praticamente ninguém. Porém o elevado
consumo deste néctar não é de agora: antigamente, a cerveja era muito
conhecida, visto que foi uma das primeiras bebidas alcoólicas a ser
produzida pelo Homem, pode dizer-se até que já era conhecida desde 4000
a.C. e que foi consumida por povos, como os egípcios e os sumérios, de
diversas formas, dependendo dos produtos através da qual era feita.
Duas das grandes questões colocadas nos dias de
hoje são, se a cerveja engorda ou se é a causadora da chamada “barriga
de cerveja”, muito comum entre os homens.
Bebida normal Vs. Barriga de
cerveja e aumento de peso
O senso comum sempre indicou que beber cerveja
é diretamente proporcional a ganhar barriga, mas estudos recentes
chegaram a conclusões diferentes. Uma coisa é favorecer o ganho de peso,
outra bem diferente é aumentar a barriga. O ganho de peso poderia ser
homogéneo, mas a grande questão é a característica barriga redonda e
dura que muitos homens possuem.
Apesar do mito generalizado da “barriga de
cerveja”, os nutricionistas, Pedro Carvalho e Vítor Hugo Teixeira
garantem que o consumo moderado desta bebida, não só não provoca gordura
localizada, como pode ter benefícios para a saúde, principalmente, na
melhoria da saúde óssea e cardiovascular.
Segundo um dos especialistas: “O que a ciência
nos diz é que um consumo exagerado de cerveja (mais de um litro por dia)
está irremediavelmente associado a um aumento de peso generalizado ao
longo dos anos, não sendo observável uma acumulação de gordura
especificamente na zona abdominal. Pelo contrário, beber um ou dois
copos por dia até faz bem aos ossos, uma vez que a interação entre o
teor de álcool e o silício da cerveja consegue, simultaneamente, inibir
a “fuga” de cálcio dos ossos e promover, deste modo, a formação óssea,
aumentando também o bom colesterol.
De acordo com um estudo espanhol, que consistiu
na análise de parâmetros como a ausência de variação de peso e o índice
de massa gorda e massa corporal, o consumo moderado de cerveja, no
máximo 3 copos para os homens e 2 copos para as mulheres, por dia, tem
efeitos positivos no organismo em indivíduos adultos e saudáveis.
Este estudo concluiu também que o consumo
moderado de cerveja, com ou sem álcool, não se traduz em modificações
corporais, pois não altera a circunferência do braço, ancas ou cintura.
O que se verifica é que o consumo em excesso da bebida, juntamente com
outros alimentos, tem como consequência a dilatação do estômago que, por
sua vez, passará a exigir cada vez mais alimentos.
Apesar deste estudo, alguns nutricionistas
referem que a cerveja, sendo uma bebida fermentada, leva à formação de
gases, quando consumida em excesso, e tem como consequência a dilatação
abdominal. Independentemente da polémica, este excesso de peso
concentrar-se-á na região da cintura e do abdómen, especialmente nos
homens, tendo como resultado a “barriga de cerveja”.
Como é produzida?
O processo pelo qual a cerveja é produzida é
chamado de fermentação e é realizado a partir de cereais, normalmente
cevada, mas todo o alimento que possua amido pode sofrer fermentação e,
por este motivo, há cervejas de tipos diferentes. Como o amido é um tipo
de hidrato de carbono, é uma fonte de energia que, se não for gasta, se
acumula em forma de gordura.
Este é um dos motivos que leva a crer que o
consumo desta bebida fermentada leva a um aumento considerável de peso.
Por outro lado, se refletirmos, todas as bebidas alcoólicas possuem
algum tipo de açúcar, sendo um aspeto comum a todas. Neste sentido, não
se trata de um problema particular da cerveja, mas de todas as bebidas
alcoólicas, e a sua resolução requer apenas moderação por parte de quem
as consome.
Ana Ferreira, do 12BT2
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