FALAR SAÚDE Nº 80: Peixes Doutores

Prof. Isabel Cristina
29/04/2015

A ictioterapia consiste numa terapêutica única na área do bem-estar e beleza que trata, de forma eficaz e segura, os problemas da pele e contribui para o seu embelezamento graças à ajuda de uns pequenos peixes curativos, os “Garra rufa”...

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Rubrica GOVCIC 02 de Março de 20
 

 

  Rubrica
Falar Saúde
29 de abril de 2015

 

 

 

 

 


Temos na filosofia uma medicina muito agradável, pois, nas outras, sentimos o bem-estar apenas depois da cura; esta faz bem e cura ao mesmo tempo.
Michel de Montaigne


Falar Saúde Nº 80
Peixes Doutores


A ictioterapia consiste numa terapêutica única na área do bem-estar e beleza que trata, de forma eficaz e segura, os problemas da pele e contribui para o seu embelezamento graças à ajuda de uns pequenos peixes curativos, os “Garra rufa”, mais conhecidos como “peixes doutores”, verdadeiros pequenos especialistas em tratar a pele dos humanos.

O pequeno ciprinídeo (da família das carpas) “Garra rufa” é uma espécie eurasiática, oriundo da bacia do Tigre e do Eufrates, da Turquia e do norte da Síria. É um dos poucos peixes com aplicações médicas “in vivo”. Naturais de água doce, os genuínos “Garra rufa” medem à volta de 3 a 4 centímetros e suportam temperaturas de 30° C, podendo viver até cinco anos fora do seu habitat natural se forem respeitados todos os cuidados de higiene, tratamento da água e alimentação.

A sua função de descamação é instintiva e extremamente agradável. Os “Garra rufa” não possuem dentes e alimentam-se exclusivamente de peles mortas por um efeito de uma sucção delicada. Fazem esfoliação, manicura, pedicura e ajudam em tratamentos de dermatites.

Enquanto trabalham, produzem ainda ditranol ou antralina, uma substância que facilita e fomenta a regeneração da pele. Os impulsos e as microssucções realizadas pelos pequenos peixes estimulam os pontos de acupunctura e facilitam a circulação sanguínea.

Este tratamento é indicado para pessoas de todas as idades, incluindo crianças, em casos de manifestações de psoríase e eczemas, entre outros problemas de pele. Serve também de esfoliante natural e relaxante, pelo que é recomendado em situações de “stress” ou mesmo para desportistas.

Apesar de não curar a doença em si, a ictioterapia alivia temporariamente os sintomas. Os doentes repetem os tratamentos e o alívio é constante. No entanto, há casos de pessoas que repetem vários tratamentos e notam que os surtos são muito mais irregulares. Algumas chegam mesmo a afirmar que estão curadas.


Curiosidades

  • Nos aquários de pés, moram entre 200 e 250 peixes; nos de mãos, entre 150 e 180; e na banheira de corpo inteiro, perto de mil.

  • Entre cada tratamento é necessário aguardar cerca de 15 minutos, de modo a que se respeitem as normas de higiene.

  • Os preços podem variar conforme a duração e o tipo de tratamento, bem como o local onde o realizamos, mas, no “Pés no Aquário” (Porto), andam à volta de 20 euros, por sessão de 30 minutos.

  •  Já é possível comprar os peixes “Garra rufa” para ter em casa (<www.garrarufa.pt>). O mínimo que se pode comprar são 100 e recebe-se um manual de instruções com tudo o que é preciso saber para a manutenção desta espécie.

Nunca experimentei, mas fiquei com vontade!


Prof. Isabel Cristina


Nota: Há pessoas que se aproveitam e oferecem tratamentos de ictioterapia, mas com outros peixes que têm dentes, chamados Chin-Chin da Ásia, e que podem danificar a pele gravemente. Cuidado!.

 

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