Conferência «Integridade Académica em Portugal»

Francisco Gomes (12ºAJ) e Prof.ª Maria José Queirós
18/04/2016

Este ano, coube-nos o privilégio de receber a Professora Doutora Aurora Teixeira, docente e investigadora da Faculdade de Economia do Porto e autora dum estudo sobre integridade académica no Ensino Superior.

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O Internato

Conferência «Integridade Académica em Portugal»


Porque acredita, de facto, na importância de sermos uma escola de jovens com projetos de vida com sentido, o curso de Assessoria Jurídica e Documentação tem tido a preocupação de propor à escola um conjunto de temáticas que, em contextos que lhe são próximos e próprios, demonstrem aos discentes a importância de querer ser diferente.

No ano transato, sugerimos o tema das Praxes Académicas com ênfase na importância de dizer “não” na defesa dos direitos de personalidade. Este ano, coube-nos o privilégio de receber a Professora Doutora Aurora Teixeira, docente e investigadora da Faculdade de Economia do Porto e autora dum estudo sobre integridade académica no Ensino Superior. A conferência fez parte do projeto de trabalho de formação em contexto de trabalho do aluno Francisco Gomes, do 12.º AJ, que escolheu dissertar sobre o Plágio.

A nossa ilustre convidada abordou algumas curiosidades relativas ao plágio na música, nas artes e na política, a nível nacional e internacional, e apresentou à audiência o seu estudo relativo aos vários tipos de plágio e cópia em exames cometidos pelos alunos das Universidades portuguesas. Num discurso pedagógico, procurou trazer à colação as razões que motivam os alunos a copiar ou deixar copiar, explicando os vários tipos de plágio e a diversidade dos autores que plagiam factos, caraterizando o plágio como um fenómeno transversal e ubíquo.

O estudo da sua autoria revela uma ligeira descida nos valores referenciados entre o ano de 2010 e 2015, mas a professora considera que “As escolas não fizeram ainda o suficiente para disponibilizar linhas orientadoras aos seus estudantes para uma coautoria responsável e aos seus docentes para uma adequada supervisão de estudantes”, além de que as famílias/contexto nem sempre ajudam na medida em que “80% dos pais estão apenas interessados nas classificações e bons desempenhos escolares dos seus filhos, estando pouco recetivos a debater e a interagir com os professores / escola os aspetos negativos referentes ao comportamento dos mesmos.”

A análise elaborada pela Professora sobre a relevância ou impacto da desonestidade académica nos jovens remeteu-nos por completo para o lema desta escola. Jovens com projetos de vida com sentido, futuros líderes de um amanhã que se quer melhor, não podem alicerçar as suas carreiras com base em pressupostos fraudulentos que inibem a capacidade de fazer melhor e de ser melhor.

Efetivamente, os estudos revelam que existe uma relação direta entre a fraude académica e o índice de corrupção dos países que, por sua vez, se reflete no seu baixo nível de desenvolvimento económico e social.


Francisco Gomes, do 12.º AJ
e Prof.ª Maria José Queirós


 

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