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Rubrica
Falar Saúde
05 de julho de 2016 |
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"Saber o que é correto e não o fazer é falta de coragem."
Confúcio
Falar Saúde Nº 93
Piscinas: que perigos?
Hoje em dia, as piscinas podem ser
frequentadas durante todo o ano, mas, nesta altura, são famílias
inteiras que deliram com o desfrute, ao ar livre, de brincadeiras
aliadas à presença da água. Piscinas, ou parques aquáticos, são, sem
dúvida, fonte de saúde pela alegria que promovem, sobretudo nas
crianças. E será que tudo “é um mar de rosas”? Penso que todos temos
consciência dos perigos que corremos (lesões, afogamento…) quando estas
infraestruturas não são usadas seguindo as regras de segurança e até as
regras da boa educação. Mas… e quando a segurança se transforma num
“diabinho maquiavélico”?
Falo-vos do cloro. Aquele que, sem sombra de
dúvida, deve encontrar-se numa piscina porque tem como função prevenir a
contaminação microbiológica, ou seja, é um desinfetante, geralmente
disponível na forma de hipoclorito de sódio líquido (lixívia comercial
concentrada). Sem cloro, a água é um potencial transmissor de doenças
que se propagam nesse meio.
No entanto, podemos enfrentar dois tipos de
problemas: ou este nosso amigo não se encontra na concentração adequada
e faz muito mais do que desinfetar, ou, quando combinado com outras
substâncias, como, por exemplo, suor, compostos químicos do cabelo,
protetor solar ou urina, produz cloramina e essa, sim, pode prejudicar
bastante a nossa saúde. A formação desta substância é geralmente
identificada através de um forte cheiro a desinfetante, o que deve de
imediato servir de alerta, e pode, segundo diversos estudos realizados
ao longo dos ultimos anos, causar/ agravar situações como:
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sinusites;
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dores de garganta;
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alergias, nomeadamente, eczema por
dermatite atópica;
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asma;
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problemas nos dentes, pois a água clorada
tem um pH superior ao da saliva, o que decompõe as proteínas da
boca;
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irritação nos olhos (vermelhos);
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enfraquecimento do sistema imunológico;
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alteração do sistema nervoso central;
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lesões cardíacas;
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funcionamento anormal dos rins;
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risco de aborto espontâneo e nadomortos em
gestantes, além de aumentar o risco de más formações fetais;
-
cancro da vesicula, no caso de se engolir a
água.
As medidas para reduzir estes riscos são
simples e tudo é uma questão de hábito, bem como de educação.
Garanto-vos que a lista é bem mais pequena…
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Não fazer xixi na água!
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Evitar engolir água da piscina, até mesmo o
simples contacto com a boca. Passar pelo chuveiro antes de nadar.
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Lavar as mãos depois de ir à casa de banho
ou de trocar fraldas.
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Utilizar óculos de natação, evitar
exposição prolongada ao sol e lavar os olhos com soro fisiológico ou
lágrimas artificiais.
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Tomar um bom banho depois de nadar na
piscina e hidratar a pele todos os dias.
Prof. Isabel Cristina
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