FALAR SAÚDE Nº 95: Professora Água

Prof.ª Isabel Cristina
12/09/2016

Mais um ano letivo que começa e, segundo os especialistas, o nosso cérebro precisa de um a cinco dias para se readaptar aos horários depois das férias, porque pausas prolongadas acentuam os distúrbios do sono e do humor.

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Falar Saúde
12 de setembro de 2016

 

 

 

 

 


O conhecimento torna a alma jovem e diminui a amargura da velhice. Colhe, pois, a sabedoria.
Leonardo da Vinci


Falar Saúde Nº 95
Professora Água


Mais um ano letivo que começa e, segundo os especialistas, o nosso cérebro precisa de um a cinco dias para se readaptar aos horários depois das férias, porque pausas prolongadas acentuam os distúrbios do sono e do humor.

A normal condutibilidade do cérebro depende de vários fatores, entre eles a água. Considerada o segundo nutriente mais importante para o excelente desempenho cerebral, a água é um poderoso condutor elétrico no fluxo de informação através dos neurónios.

Vejamos, um ser humano adulto saudável precisa entre 60 e 70% de água no corpo e, se houver uma queda de 5% nesse valor, o cérebro sofrerá uma queda de 30% no seu desempenho, ou seja, sofrerá uma espécie de “burrice” por falta de água.

O ideal é manter o nível de hidratação ao longo do dia, bebendo uns golinhos de água de vez em quando, ou, no nosso caso, todos os intervalos. Esperar pela sensação de sede é esperar pela desidratação já em curso. Lembrem-se que não devem substituir a água pelos refrigerantes! Estes diminuem o pH dos fluidos corporais, logo não só não hidratam como podem piorar o normal funcionamento do organismo.

Por outro lado, também não é preciso cair no exagero, uma vez que beber mais de três litros de água, por dia, pode ter efeitos negativos para saúde. Ao urinar, nós não eliminamos apenas água, também perdemos sais minerais, e água a mais leva os rins a trabalharem mais sem necessidade. A quantidade de água a consumir por dia depende de pessoa para pessoa, não só da sua constituição física, como da sua atividade diária.

Até aqui estamos esclarecidos, e quanto ao melhor recipiente para transportar a água no nosso dia a dia? Qual a diferença entre uma garrafa de água de compra e o cantil reutilizável?

O ambiente agradece a reutilização, assim como o nosso porta-moedas. E a nossa saúde? Também, desde que tenhamos alguns cuidados.

À partida, poderíamos pensar que, se a garrafa de água de plástico só contém água, não precisa de cuidados especiais para se manter impecável, mas, na verdade, não é bem assim. As garrafas de plástico devem ser tratadas como qualquer outro recipiente para alimentos: lavadas com água e detergente após cada utilização para evitar a contaminação bacteriana (microrganismos vindos da nossa própria boca, das nossas mãos ou mesmo da exposição ao meio ambiente).

No caso das garrafas que se compram já com água, o ideal seria descartá-las porque, mesmo lavando, o uso continuado vai fazer com que o plástico tenha pequenas fissuras, muitas vezes impercetíveis, sendo possível a entrada de bactérias que vão pôr em risco a nossa saúde. Além disso, pode haver libertação de compostos químicos, do próprio plástico, como o Bisfenol A (ou BPA), também prejudiciais. Estas garrafas são produzidas para uma única utilização.

Se optarmos pela reutilização, as melhores garrafas (cantis) são as de vidro e as metálicas, de aço inoxidável ou alumínio, embora as primeiras sejam mais pesadas, ideais para ter em casa, e as segundas possam deixar um sabor estranho na água. No caso dos cantis de plástico, mais leves, mais práticos, mais baratos e que não deixam o tal paladar diferente, devemos verificar se são “BPA free”, no momento da compra, e nunca esquecer de os lavar muito bem com detergente, depois de cada utilização.

Independentemente de que material é feito o cantil, devemos estar atentos às especificações de uso do fabricante para aproveitar ao máximo o produto e minimizar qualquer problema de saúde que possa ocorrer ao longo da sua utilização. Quando a vida destes chega ao fim, devemos depositá-los no contentor / ecoponto adequado de modo a evitar a contaminação do ambiente. O planeta agradece!


Prof. Isabel Cristina

 

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