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Rubrica
Falar Saúde
06 de junho de 2017 |
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«Nunca diga "adeus", porque dizer "adeus" significa ir embora
e ir embora significa esquecer.»
Peter Pan
Falar Saúde Nº 110
Até sempre
Os ciclos da vida são feitos de etapas que se iniciam em portas que se fecham, sempre com o mesmo fim, o de avançar. Por esta razão, às vezes, ainda que doa, é melhor dizer adeus (apesar da minha pessoa preferir um “até sempre”).
Este projeto “Falar Saúde” teve início no ano letivo de 2009/2010 e foi, pela primeira vez, divulgado na revista do Colégio Internato dos Carvalhos, a “Geração CIC” (edição de Natal de 2009). Tudo começou como sendo uma atividade proposta pela docente da disciplina de Noções Básicas de Saúde, na altura eu, envolvendo os seus alunos do Curso de Biotecnologia, da via cientifico-tecnológica, com o objetivo de falar de temas de saúde que preocupassem a comunidade educativa, visando uma orientação na prevenção, de modo a evitar alguns problemas de saúde.
Nesse primeiro ano, os alunos participaram ativamente na divulgação do Plano de Contingência da Gripe A no Clégio, bem como na campanha da Abraço para a construção da Casa Ser Criança. Visitaram ainda o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, em Lisboa, onde participaram em diversas atividades, sempre no âmbito do projeto.
Os primeiros três artigos, publicados nas três edições da revista nesse ano, reportam todas essas atividades. No ano letivo seguinte, deu-se início à publicação “online” dos artigos da rubrica, na página em linha do CIC, sem nunca abandonar a sua publicação na revista.
Entretanto, ganha-se o gosto e, um atrás do outro, cá foram surgindo como cogumelos. E passaram 8 anos…
Oito anos de pesquisa, de serões tardios, de luta contra o tempo, sobretudo em épocas de maior trabalho enquanto docente, mas em que queria falar do mais atual, “oportuno e eficaz”; oito anos em que, ao olhar para trás, nem dei conta do tempo passar.
O “Falar Saúde” enriqueceu-me, não só pelos conteúdos, mas também pelo desafio da escrita. Nunca escrevi mal, tive uma primária à moda antiga, mas não sabia o quão rápido me fluíam as palavras.
As pessoas, leitores, amigos, família contribuíram igualmente para este enriquecimento. Adorei cada comentário que recebi, elogios, críticas e sugestões daqueles que me mostravam que fazia sentido. Desde os alunos, aos seus pais, dos meus colegas à Direção, todos tinham uma palavra de apreço, apoio ou até expectativa pelo que vinha a seguir. O meu muito obrigada a todos.
Aproveito também para agradecer àqueles que fizeram a revisão ortográfica dos meus textos ao longo destes anos, o Dr. José Pedrosa e o Dr. Pedro Figueiredo, e ao Dr. Isidro Pinheiro que nunca se esqueceu de mim, mesmo quando eu deixava passar os prazos de envio dos textos para a revista “Geração CIC”.
Chegou o momento de parar. Li algures que, “Quando sentimos que um relacionamento não nos serve mais, é tempo de terminá-lo. Isso abre possibilidades novas, não só para nós, como também para a outra parte.” Espero que assim seja.
Até sempre!
Prof.ª Isabel Cristina
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