Partimos cedo, as aulas ainda não haviam começado… Sete alunos do curso de Química Ambiente e Qualidade, amavelmente acompanhados pelos professores Joaquim Batista e Sara Lopes, rumaram à Escola Básica de Murraceses, em Grijó, para mais uma manhã de “Ciência na Escola…”.
O nosso objetivo passou por demonstrar um pouco daquilo que fazemos enquanto estudantes do nosso Colégio. No entanto, a nossa verdadeira vontade repousava na ideia de deixar um calorzinho nos “pequenos” corações das crianças do que era ser químico ou biólogo!
Mal chegámos, fomos muito bem recebidos e encaminhados de imediato para uma sala de aula, onde nos preparámos para dar início àquela que seria uma manhã diferente, não só para os miúdos, como também para os graúdos. A nossa presença dúbia e estranha causou logo bastante curiosidade.
O primeiro grupo de alunos que nos colocaram à prova pertencia ao 1.º ano. Foram distribuídos pelas diversas bancadas, havia a química da cor, o “CSI”, a visualização das células da banana ao microscópio, bem como a extração do seu ADN e a exploração do corpo humano. Como explicar o que nos parece óbvio a alguém cujo mundo começou há “dois dias”? Pois é, encontrar uma maneira de “eufemizar” tudo aquilo que aprendemos numas palavras simples não é nada fácil. Foi incrível a tamanha criatividade e paciência que as crianças revelaram… Uns mais curiosos outros menos atentos, contudo, a alegria que transmitiam era irrefutável.
O segundo grupo entrou, a estes espera-lhes um novo ciclo no próximo ano letivo. Ouviram-nos com mais atenção. Os mais espevitados interpelaram- nos logo, já os mais tímidos foram mais cautelosos. “O que queres ser quando fores grande?” “Futebolista!”, “Bailarina!”, “Explorador!” e “Ah… Ainda não sei!”.
É engraçado ver como crescemos. Ainda há pouco tempo éramos meninos e meninas a brincar, e, para o ano, já nem no nosso Colégio vamos estar… Apesar do ano ainda não ter terminado, a saudade parece estar a tocar!
A manhã entretanto findou. Arrumámos as bancadas, despedimo-nos dos anfitriões. Para trás, fica um sentimento de satisfação de dever cumprido, mas também a nostalgia de quem, finalmente, entende que o tempo não volta atrás.
Um agradecimento à professora Lourdes Beleza pela oportunidade proporcionada, ficando novamente a certeza de que esta experiência será repetida, num futuro próximo, noutras escolas básicas da região.
Até já...
Beatriz Leitão, do 12.º QA
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