A visita começou no museu Navio Gil Eannes, construído nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Este iniciou a sua atividade como hospital em 1955, apoiando, durante décadas, a frota bacalhoeira portuguesa que atuava nos bancos da Terra Nova e Gronelândia. Desativada a frota bacalhoeira, ficou a apodrecer nas docas de Lisboa, durante muitos anos.
Em 1998, a Fundação Gil Eannes, considerando-o património cultural e afetivo da cidade, resgatou-o da sucata por cerca de 250 mil euros, após uma inédita campanha que envolveu todos os estratos sociais vianenses.
Em 31 de janeiro de 1998, foi recebido festivamente na Foz do Lima, onde, depois de limpo e restaurado, foi aberto ao público, assumindo-se como polo de atratividade para Viana do Castelo.
A reconversão transformou-o num espaço museológico moderno, integrando salas de exposição, sala de reuniões, de cirurgia e loja de recordações.
Da parte de tarde, fomos explorar o Hotel /Restaurante/Museu Fábrica do Chocolate, onde iniciámos a nossa jornada, desde a descoberta, plantação e colheita de cacau, cujos países produtores se encontram entre a Indonésia, México e Brasil, até à sua evolução para o chocolate como hoje o consumimos.
De seguida, adquirimos informação dos vários meios em que o cacau pode ser utilizado: na saúde, na culinária, na estética, na música e no cinema.
Finalmente, pudemos observar o processo de fabrico das diferentes tipologias de chocolate, com e sem cacau, isto é, chocolates com diferentes percentagens de cacau, chocolate negro, e o famigerado chocolate branco, que do cacau só contém manteiga do dito, ao mesmo tempo que os degustávamos.
Sendo assim, de forma a obtermos mais conhecimentos sobre a história do cacau, visualizámos não só um filme a 4D, em que os sentidos do olfato, da audição, da visão e do tato estiveram presentes, como também interagimos com um holograma representativo da sua evolução.
Neste sentido, conseguimos concluir que se trata de um museu moderno, visto que é uma infraestrutura interativa e participativa com utilização dos suportes multimédia de modo a atrair o público jovem e escolar.
Relativamente ao Hotel Fábrica do Chocolate, este foi desenvolvido em complemento com o Museu. É um hotel temático dedicado ao chocolate, pelo que, durante a visita, pudemos constatar que toda a decoração remete para este tema, a saber: cadeiras em formato de chocolate, cabeceiras das camas alusivas ao chocolate, livros e papel de parede que remetem para o sucedâneo do cacau.
Visitámos duas das “suites” do Hotel em que uma delas era uma das mais singulares e igualmente mais requisitadas - apelidada de “Hansel and Gretel” e a outra chamada de “Estória”.
Rita Cardoso e Catarina Teixeira, do 11.º PT