Inês de Portugal
Tudo começou com o casamento de D. Pedro
com D. Constança. Não existia amor entre os dois, uma vez que o
casamento foi arranjado pelos pais. Foi nessa altura que D. Pedro
conheceu D. Inês de Castro, uma das aias (dama de companhia) de D.
Constança, por quem se apaixonou.
Todos tinham medo que D. Inês, pudesse ter
má influência sobre o príncipe. Assim, quando D. Constança morreu,
D. Afonso continuou a condenar o namoro dos dois apaixonados.
De início, D. Afonso tentou afastá-los,
proibindo D. Inês de viver em Portugal, mas isto não resultou porque
os dois foram morar para a fronteira de Portugal e Espanha. O rei
estava muito preocupado porque via que o povo tinha medo da
influência de D. Inês, além do mais não estava nada contente com as
guerras e a fome que se viviam no reino. Assim D. Afonso IV condenou
D. Inês de Castro à morte, influenciado por dois conselheiros.
Depois da execução de D. Inês de Castro,
D. Pedro revoltou-se contra o pai e declarou-lhe guerra. Felizmente,
a paz voltou graças à rainha-mãe, que evitou o encontro militar
entre pai e filho.
Quando D. Pedro subiu ao trono, era muito
cuidadoso com o povo, que gostava bastante dele. Mas uma das
primeiras coisas que fez foi vingar a morte de D. Inês de Castro
executando de modo cruel os ex - conselheiros do pai: mandou
arrancar-lhes o coração! Dizia que era assim que se sentia desde que
D. Inês tinha morrido.
O mais sinistro de toda a história é que
D. Pedro elevou D. Inês de Castro a rainha já depois de morta e
obrigou toda a corte a beijar-lhe a mão, ou o que restava dela
(porque D. Inês já havia morrido há dois anos).
Apesar de ter perdido o seu grande amor,
D. Pedro voltou a casar-se e teve vários filhos, legítimos e
ilegítimos.
Boa leitura!
Titulo: Inês de Portugal
Autor: João Aguiar
Colecção: ASA de bolso
Editora: Edições ASA
Edição: 8ª Edição
Data de publicação: Outubro de 2002
Sugestão de Rui Coimbra, nº 8300 do 11ºAJ
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