Mês Internacional das Bibliotecas Escolares - Inquérito aos hábitos de leitura no CIC

11.º AJ com a Prof.ª Paula Oliveira
04/12/2020

Santo António Maria Claret sabia a importância de espalhar pelo mundo livros – “Precisamos de livros!... Muitos livros bons!...” – e, por isso, criou, ele próprio, uma tipografia e uma livraria religiosa, tendo, em nove anos, imprimido e difundido dez milhões de livros.

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Também nós, na sua escola, e na continuidade das atividades desenvolvidas no âmbito do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares/Dia da Biblioteca Escolar (26 de outubro), procurámos relembrar a importância que o livro, físico ou em formato “e-book”, lido em casa ou numa biblioteca, tem para a formação do indivíduo, tanto ao nível pessoal, quanto a nível académico.


Assim, os alunos da turma do 11.º AJ, no âmbito da disciplina de Técnicas Documentais, analisaram os inquéritos dos 389 alunos do Colégio Internato dos Carvalhos que responderam, num universo de cerca de 1147 discentes. Da análise, foi possível inferir que:

  • Os alunos revelaram, na sua grande maioria, que têm algum interesse na leitura, cerca de 46% referiu ter lido um livro há menos de um mês; 28% dos inquiridos mencionaram que leram um livro há menos de um ano; 14% dos questionados referiram que o último livro que leram foi há mais de um ano; por fim, 12% dos inquiridos responderam não saber há quanto tempo leram/não leram um livro;

  • Os alunos questionados por não terem o hábito frequente de leitura (57%) justificaram ter preferência por outras atividades, ter pouco tempo livre e o preço excessivo dos livros;

  • Curiosamente, e apesar de os alunos pertencerem à geração digital, 92% prefere o livro em suporte físico;

  • Quanto à questão que abordava a valorização da leitura, por parte dos docentes, os alunos, numa expressa maioria, responderam que, na sua perspetiva, os professores incentivam e valorizam a leitura. Assim, o CIC reconhece que a leitura é uma das habilidades mais importantes e fundamentais que podem ser desenvolvidas pelo ser humano, porque será a partir da leitura do mundo que o aluno pode compreender a realidade em que está inserido e chegar a importantes conclusões sobre o seu papel;

  • Na última questão, interrogou-se os alunos sobre a frequência de Bibliotecas Municipais, e 82% dos estudantes responderam que não o costumam fazer.


Gráficamente:


Na perspetiva da turma que realizou este projeto, pensamos que os alunos do CIC deveriam frequentar mais vezes as Bibliotecas, pois, como refere Valter Hugo Mãe:


«As bibliotecas são como aeroportos. São lugares de viagem. Entramos numa biblioteca como quem está a ponto de partir. E nada é pequeno quando tem uma biblioteca. O mundo inteiro pode ser convocado à força dos seus livros.
Todas as coisas do mundo podem ser chamadas a comparecer à força das palavras, para existirem diante de nós como matéria da imaginação. As bibliotecas são do tamanho do infinito e sabem toda a maravilha.
Os livros são família direta dos aviões, dos tapetes-voadores ou dos pássaros. Os livros são da família das nuvens e, como elas, sabem tornar-se invisíveis enquanto pairam, como se entrassem para dentro do próprio ar, a ver o que existe dentro do ar que não se vê.
»

 

Agradecemos, por fim, a participação de toda a comunidade discente neste projeto empreendido pelo 11.º AJ, no âmbito da disciplina de Técnicas Documentais. Finalizamos com as palavras do escritor Valter Hugo Mãe:


«Adianta pouco manter os livros de capas fechadas. Eles têm memória absoluta. Vão saber esperar até que alguém os abra.»

 


11.º AJ com a Prof.ª Paula Oliveira

 

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