Segundo o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), uma em cada três crianças do mundo, entre os 13 e os 15 anos, é vítima de “bullying” na escola regularmente, sendo este um dos contextos em que ele mais se faz sentir.
"Este tipo de vitimização poderá ocorrer durante bastante tempo até ser notado e/ou denunciado, uma vez que é suscetível de ocorrer de forma dissimulada ou ser desvalorizada e estes comportamentos contribuem de forma significativa para a erosão do sentimento de segurança, especialmente entre a comunidade escolar.”
PSP Escola Segura
De acordo com o Observatório Nacional do “Bullying”, foram registadas mais de 400 denúncias no ano de 2020, sendo a maioria por violência psicológica dentro da escola, com as raparigas a serem mais vitimizadas.
As vítimas ou ex-vítimas são mais as raparigas (249) e os agressores mais os rapazes (211), com idades entre os 12 e os 13 anos. Na maioria dos casos (94,6%), tanto vítimas como agressores frequentam a mesma escola, onde o 'bullying' é exercido, sobretudo, presencialmente (74,20%). Na escola, são sobretudo o recreio (60,40%) ou a sala de aula (50,40%), os locais onde este comportamento é mais vezes identificado. O tipo de violência mais apontado é a psicológica (92,10%), seguindo-se a social (66,60%), a física (50,40%) e a sexual (9,30%). De acordo com os dados do ONB, quase metade (45%) das vítimas necessitaram de apoio psicológico, sendo que um terço queixou-se de dificuldades de concentração e tristeza. Acima de tudo, são o aspeto físico (51,80%) e os resultados académicos (34,90%) que levam, na perspetiva das vítimas, os agressores a cometerem 'bullying'.
Observatório Nacional do “Bullying”
Um estudo do ISCTE confirma que, durante os meses de confinamento, 60% dos estudantes portugueses foram vítimas de “cyberbullying”.
Neste sentido, partilhamos o manual publicado pela Procuradoria Geral da República com o objetivo de evitar que crianças e jovens sejam vítimas de condutas ilícitas e usem a internet de forma mais atenta e cuidada, abordando aspetos relacionados com as principais atividades criminosas que, na atualidade, são praticadas “on-line”.
E porque nem sempre é possível evitar tais atividades ilícitas, é fornecida informação atualizada que permitirá às vítimas, crianças e jovens em especial, saber como reagir, com quem contactar e como estabelecer esse contacto.
TU E A INTERNET: (AB)USO, CRIME E DENÚNCIA
Gabinete Cibercrime e Gabinete da Família, da Criança e do Jovem
Pel’ Os Alunos do 12.º AJ, via científica