Não importa quantos passos você deu para trás, o importante é quantos passos agora você vai dar pra frente.
Provérbio Chinês
Na educação, professores e alunos experienciaram momentos de muito cansaço, angústia e ansiedade. E, apesar de o ensino a distância não ser uma novidade no ensino superior, foi terreno desconhecido para os ensinos básico e secundário. Fez-se o que se podia para minimizar consequências menos boas, mas só o futuro dirá se caminhámos na direção certa. No regresso ao presencial, o foco na proteção individual e a paranoia da desinfeção, afastaram os jovens, e os menos jovens, de uma forma que nunca saberemos se será possível reverter.
No presente ano letivo, os estudantes deixam de ser obrigados a utilizar máscara dentro do recinto escolar, deixam também de ter horários desfasados e acabam os corredores exclusivos a entradas e saídas. No entanto, esta situação pode sofrer alterações, pois a fase epidemiológica atual caracteriza-se por infeções com incidência elevada e possível tendência crescente (SNS Relatório n.º 28 - 21/09/2022).
Assim, a DGS (Direção-Geral da Saúde) afirma que “é da responsabilidade de cada um adotar comportamentos que minimizem o risco de transmissão do vírus” e sugere algumas medidas de saúde pública, para prevenir a infeção e a propagação da COVID-19, como se transcreve a seguir:
- vacinar-se contra a COVID-19, salvo recomendação médica em contrário;
- manter os espaços ventilados, preferencialmente através de ventilação natural, procedendo à abertura de portas e/ou janelas;
- usar máscara facial, sempre que o risco de transmissão da doença seja acrescido;
- autoisolamento perante sintomas sugestivos de COVID-19 e contactar o SNS 24 – 808 24 24 24 – ou, de forma complementar, contactar o médico de família ou a respetiva Unidade de Saúde Familiar ou outra entidade a que habitualmente recorra;
- adotar a etiqueta respiratória, ao tossir ou espirrar: tapar o nariz e a boca com um lenço de papel ou com o braço e, posteriormente, deitar o lenço no lixo e lavar as mãos;
- lavar e/ou desinfetar as mãos frequentemente para garantir a manutenção e a promoção das boas práticas de higiene;
- garantir com regularidade a limpeza e desinfeção de superfícies, sobretudo aquelas onde tocam frequentemente;
- distanciamento físico continua a ser recomendado para as pessoas mais vulneráveis, bem como para residentes em instituições de apoio ou acolhimento e para pessoas não vacinadas com o esquema vacinal completo;
- adoção do teletrabalho: pode ser adotado sempre que as funções em causa o permitam, o trabalhador disponha de condições para as exercer e em concordância com a entidade patronal.
Apesar da preocupação generalizada com a epidemia da COVID-19, estas medidas também são importantes para prevenir outras infeções respiratórias provocadas por vírus, como a gripe sazonal, até porque se prevê, na época outono-inverno que se aproxima, a possibilidade de “ocorrência simultânea, ou sobreposição parcial, do pico da incidência da infeção por SARS-CoV-2 com o de outras doenças infeciosas respiratórias”, como refere a DGS.
Uma alimentação saudável, a prática do exercício físico, beber bastante água, dormir cerca de 8 horas diárias, limpar as fossas nasais e a garganta diariamente, manter os ambientes arejados, mas evitar as correntes de ar e as grandes variações de temperatura, são mais algumas sugestões que vos deixo, no sentido de manterem o vosso sistema imunológico em alerta e minimizarem a probabilidade de manifestar infeções respiratórias. Sobre estas últimas, podem aprofundar o vosso conhecimento na “Falar Saúde n.º 19” de 3/10/2011.
A propósito das 110 “Falar Saúde”, publicadas entre 2009 e 2017, estas podem ser consultadas neste link.
Votos de um bom ano letivo e com muita saúde.
Prof.ª Isabel Cristina