Neste périplo, foi possível visitar a “Refinaria Cepsa La Rábida”, onde, pelo caminho, se pôde observar a estátua de Cristóvão Colombo, assim como muitas outras fábricas pertencentes ao Complexo Químico de Huelva. Já na Cepsa, foi feita uma apresentação sobre esta refinaria, que, atualmente, se encontra numa fase de mudança para um parque energético, no qual irão produzir hidrogénio verde (produto mais sustentável e cuja produção eletrolítica apenas utiliza fontes de energia renováveis). Tal deve-se aos grandes gastos energéticos, à escassez de combustíveis fósseis (que são recursos não renováveis e poluentes), à necessidade de descarbonização do planeta (combate às alterações climáticas) e de independência de outros países para o fornecimento de gás natural. O objetivo será implementar todas estas metas até 2030. Neste contexto, foi possível conhecer uma lagoa, que a Cepsa decidiu recuperar, dando assim habitat a várias espécies animais e a plantas autóctones. Esta atitude demonstra a grande preocupação ambiental desta empresa química.
Neste complexo, visitou-se também a “Atlantic Copper”, uma fábrica de produção de cobre refinado de alta pureza, a partir de minérios de diferentes partes do mundo. No processo de refinação de cobre, obtém-se, além deste metal, alguns produtos, tais como metais preciosos (ouro e prata), silicato de ferro e ácido sulfúrico (que é comercializado para as empresas de produção de adubos químicos). Nesta fábrica, o cobre refinado é obtido através da refinação eletrolítica. Neste processo, é realizada uma eletrólise com um ânodo, um cátodo e o eletrólito (sulfato de cobre). O ânodo e o cátodo são separados por uma placa de aço inoxidável. Ao aplicar corrente elétrica, as partículas de cobre do ânodo movem-se para o cátodo, e as impurezas depositam-se no fundo dos tanques, formando o lodo anódico (que é posteriormente vendido). Por fim, separa-se o cobre catódico (99,999% puro) da placa de aço e fica pronto para ser embalado e vendido para o exterior. Também esta unidade industrial tem uma grande preocupação com os gastos energéticos, pelo que produz cerca de 25% da energia que utiliza, além de que possui algumas estratégias de poupança energética.
Do ponto de vista cultural, foi possível visitar a cidade de Huelva, assim como o “Muelle de las Carabelas”. Neste museu, encontram-se as réplicas das duas caravelas e de uma nau (La Niña, La Pinta e La Santa María) que Cristóvão Colombo usou nos Descobrimentos da América, assim como alguns utensílios, roupas e documentos da época. Visitou-se também a cidade de Sevilha, onde puderam visitar o centro da cidade, a catedral, a Rua Santa Catalina e a Plaza de Espãna. Neste último local, foi possível passearem de barco de remos pelo seu canal e assistirem a alguns espetáculos de sevilhanas.
Foi uma visita de estudo que contribuiu para aprofundar os nossos conhecimentos, tanto científicos como culturais, além de que também permitiu fortalecer os laços de amizade entre a turma.
Rosa Silva, do 12.º QA