A guerra, mais do que um conflito armado e um caso mediático, é uma crise de Direitos Humanos, em que as crianças, seres especialmente vulneráveis a quem a Humanidade tudo deve, sofrem em dimensões inimagináveis, carregando uma mochila de dor e tristeza em vez de livros e brinquedos.
Como o Menino Jesus cujo sofrido nascimento agora celebramos, também estes meninos precisam que o mundo pare para escutar porque choram, ou já nem choram, porque perderam a capacidade de o fazer. Neste sentido, o Curso de Assessoria Jurídica e Documentação, juntamente com a Biblioteca Escolar, preparou um conjunto de atividades para, junto da comunidade escolar, lembrar a cada um de nós, e em nome de todos os que sofrem, que “não podemos atirar a toalha ao chão”.
Assim, no dia 11 dezembro, na Biblioteca Escolar, Dr. Nelson Padrão, três monitores, Alfredo Ferreira, Flávia Rodrigues e Ana Jorge Teixeira, da equipa do Instituto Padre António Vieira (IPAV), dinamizaram atividades no âmbito dos 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos para os alunos da Área de Ciências Sociais e Humanas, do décimo ano, desafiando-os a refletirem, através das dinâmicas promovidas – “Dar um passo em frente” e visualização do vídeo “Human”, sobre as dimensões que o modelo de educação de liderança não formal do UBUNTU preconiza, inspirado nos lideres servidores de referência mundial, como Mandela ou Luther King.
Simultaneamente pediu-se a todos os professores que estimulassem os alunos a assinar as petições da Amnistia Internacional, assumindo o papel de “missionário de caneta”, tão ao estilo de Claret.
Por último, enquanto decorria a exposição do texto proclamado, em 1948, sob o nome “Carta Magna Internacional para Toda a Humanidade”, com os 30 artigos que abrangem a vida, a liberdade, o trabalho, a educação, a religião, a saúde, a alimentação e a proteção que afirmam os Direitos Humanos como universais e inerentes a todos os seres humanos, e dos trabalhos elaborados pelos alunos de História e Cultura das Artes sobre a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão “de ontem até hoje”, decorreu a atividade “A manta do(s) Menino(s)”, momento em que os alunos expressaram, nuns retalhos de tecido, que simbolizavam pedaços de vida, a sua visão sobre o texto, assim construindo o manto de Jesus Menino Nele simbolizando todos os outros que necessitam de abrigo, conforto, proteção.
Curso de Assessoria Jurídica e Documentação,
Biblioteca Escolar e
Alunos de História e Cultura e das Artes, do 11.º AG e 11.º PT