Deixo, pois, o meu profundo agradecimento à Sara Seara, ex-aluna, licenciada no curso de CGI (“Computer-Generated Imagery”) pela Southampton University no Reino Unido, e à Maria João Ferreira, também ex-aluna, licenciada e mestre no curso de Conservação e Restauro pela Universidade Católica do Porto, por terem aceitado este desafio.
Votos de muito sucessos pessoais e profissionais.
De seguida, registam-se os testemunhos de alunos do curso de Artes e Indústrias Gráficas.
Prof. Aníbal Couto
TESTEMUNHO DO 11.º AG:
No passado dia 6 de novembro de 2024, as ex-alunas do curso de Artes e Indústrias Gráficas, Sara Seara e Maria João Ferreira, foram convidadas a visitar a sua antiga casa -CIC.
Na turma AG do 11.º ano, na disciplina de Desenho A, partilharam a sua experiência neste curso. Maria João decidiu seguir o ensino superior, tendo completado o mestrado no curso de Conservação e Restauro de Bens Naturais, pela Universidade Católica do Porto. Sara Seara seguiu, também, o ensino superior, no entanto, no estrangeiro.
Sara licenciou-se em Inglaterra no curso de CGI (“Computer-Generated Imagery), tendo explicado, de forma precisa, os objetivos do curso e tendo mostrado alguns dos seus trabalhos em jogos virtuais e aplicações utilizadas. Detalhou, ainda, a sua experiência em Inglaterra, longe da família e amigos: “(...) foi difícil, mas, se voltasse atrás, faria o mesmo.”
Por sua vez, Maria João acrescentou que a família e os amigos são muito importantes nos momentos mais difíceis, tendo enfatizado que manteve sempre o contacto com a Sara, mesmo estando longe.
Sara Seara mencionou, ainda, que ganhou muita independência e desenvolveu muito amor próprio, tendo mencionado ter percebido que, mesmo que os amigos tenham um papel fundamental, não precisávamos de estar sempre acompanhados, pois a nossa própria companhia também era importante. Afirmou, ainda, que “A Sara do 12.° ano nunca estaria aqui a fazer esta apresentação (...)”, tendo sido possível devido ao crescimento a nível pessoal que, entretanto, fez.
O seu discurso abriu à participação de vários elementos da turma que tiveram a oportunidade de esclarecer qualquer dúvida.
Gratos pela visita e participação enriquecedora!
Joana Caracol e Renata Robalinho, do 11.º AG
TESTEMUNHO DO 12.º AG:
No passado dia 6 novembro, no âmbito da disciplina de Introdução à Teoria do Design, as ex-alunas do curso de Artes e Indústrias Gráficas Sara Seara e Maria João regressaram ao Colégio para partilhar com a turma do 12.º AG como é a vida pós-CIC e as suas experiências pessoais no ensino superior.
A Sara iniciou a sua intervenção apresentando o seu portefólio, dando a conhecer não só os trabalhos desempenhados nas diferentes disciplinas do seu curso, como também os projetos que foi realizando no seu tempo livre. Ao expor os seus trabalhos, abordou o seu processo criativo e explicou as técnicas utilizadas em cada um, fazendo uma avaliação construtiva, destacando os pontos fortes, mas também os seus pontos fracos, com o objetivo de aconselhar e ajudar os alunos a não cometerem os mesmos erros.
De seguida, respondendo às dúvidas dos alunos, a Sara abordou também a sua experiência como estudante no estrangeiro, informando acerca de vários tópicos como o processo de candidatura, as propinas, a gestão do tempo, tendo mantido um trabalho em “part-time”, o custo da residência e a fase de adaptação a um ambiente longe da família, tendo partilhado, assim, informações cruciais para possíveis alunos interessados em dar continuidade aos estudos fora do país.
A apresentação da Maria João, por sua vez, foi direcionada aos desafios académicos e à apresentação do seu curso, tendo destacado o papel fundamental desempenhado pela Conservação e Restauro na preservação do património cultural, ao garantir que as obras de arte, edifícios históricos e objetos de valor sejam protegidos contra o desgaste do tempo.
Durante a palestra, Maria abordou ainda as disciplinas constituintes da sua formação e alguns dos desafios mais comuns da área, como a responsabilidade com as obras, a gestão do tempo e paciência em projetos demorados e o equilíbrio entre a teoria e a prática, ou seja, a conciliação do conhecimento adquirido em cadeiras como História da Arte e Química e a aplicação dessas aprendizagens nos objetos a restaurar.
Além disso, mostrou-nos ainda alguns dos seus trabalhos, inclusive o projeto da sua tese de mestrado, em que fez a conservação de borboletas com as mais variadas cores, formas e feitios, dando-nos algumas luzes sobre todo o seu processo, incluindo os problemas que teve pelo caminho e os materiais e técnicas utilizados.
Concluímos que a palestra foi muito enriquecedora e uma mais-valia, uma vez que nos ensinou que não existe apenas um caminho a seguir, trata-se apenas de uma fase de autodescoberta contínua, na qual não devemos ter medo de errar.
Assim, gostaríamos de ter mais oportunidades como esta, já que este pequeno contacto com pessoas que já se sentaram nas mesmas cadeiras que nos sentamos agora, e conseguiram passar para outra fase das suas vidas, nos ajuda a acalmar os nervos que temos em relação ao futuro e nos encoraja a seguir o nosso próprio caminho.
Rita Costa e Sofia Damas, do 12.º AG