Adicionalmente, Portugal está entre os países da União Europeia com menos mulheres nem-nem (jovens entre os 15 e os 29 anos que não estudam nem trabalham) e é também um dos países em que há mais mulheres a trabalhar (84%), um valor muito acima da média da UE (77%).
Não obstante, os contratos de trabalho são precários, principalmente para as mais jovens, entre os 25 e os 34 anos, facto que aumenta o risco de pobreza nas mulheres, sobretudo a partir dos 65 anos, devido às pensões de velhice e invalidez inferiores às dos homens.
Em média, o sexo feminino ganha menos 16% do que o masculino. A disparidade aumenta com a progressão de carreira. Nos cargos de topo, a diferença vai até aos 26%, o que equivale a menos 760 euros para as mulheres. A desigualdade é ainda maior se forem contabilizados subsídios, prémios e horas extra. A acentuada desigualdade salarial pode ser explicada, segundo a Pordata, por 49% das mulheres terem profissões de categorias com remunerações mais baixas ("Trabalhadores não qualificados", "Pessoal administrativo” e "Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores por conta de outrem"). Nos cargos de liderança, as mulheres representam ainda uma pequena fatia, apesar dos avanços da última década. Todavia, e apesar da desigualdade salarial, Portugal lidera nas mulheres empreendedoras.
É por isto também que o dia 8 de março deve continuar no calendário, assinalando o Dia da Mulher.
Não se deve esquecer que a cada 10 minutos uma mulher é assassinada por um parceiro íntimo ou membro da família. Uma em cada três mulheres é ou será vítima de violência, física ou psicológica. As mulheres ainda enfrentam "grandes dificuldades" em países como o Afeganistão, Irão, Mauritânia e Qatar.
Mas elas "têm um papel fundamental nos processos de paz". Mais do que isso, a paz sustentada no tempo "tem muito mais probabilidade de ser alcançada quando as mulheres têm um lugar à mesa de decisão". Sabe-se que o empoderamento económico e político das mulheres "pode ser uma das ferramentas mais poderosas do século XXI para estabelecer bases mais sólidas para o desenvolvimento económico sustentável, a paz e a segurança".
Há 50 anos, as mulheres conquistavam a universalização do direito de voto em Portugal. Porém, e apesar dos estudos revelarem que votam mais dos que os homens, não estão em paridade na Assembleia da Républica, órgão eleito diretamente pelo povo.
Além disso, há mulheres que vivem em países com retrocesso civilizacional, não podendo estudar, trabalhar nem falar com o vizinho à janela.
Poder-se-á descobrir mais razões para justificar a efeméride do Dia da Mulher e utilizar as redes sociais para aderir à campanha #ForAllWomenAndGirls:
1. Grava um vídeo a caminhar para a frente – porque o progresso exige ação;
2. Acrescenta a tua mensagem: "Eu continuo a avançar porque..."
3. Publica com as hashtags #IWD2025 e #ForAllWomenAndGirls.
Faça a sua parte na implementação do ODS 5!
Disparidade salarial entre homens e mulheres (%)
Quanto ganham as mulheres a menos do que os homens em Portugal, em percentagem do ganho médio por hora dos homens, não considerando as especificidades das pessoas ou dos empregos?
Curso de Assessoria Jurídica e Documentação
Fontes:
https://www.pordata.pt/pt/search?search=mulheres%20em%20Portugal
https://www.pordata.pt/pt/estatisticas/salarios-e-pensoes/salarios/disparidade-salarial-entre-homens-e-mulheres
https://www.jornaldenegocios.pt/sustentabilidade/social/detalhe/portugal-esta-na-linha-da-frente-em-igualdade-de-genero
https://www.instagram.com/onu_portugal/reel/DG3B4c3suru/