No que diz respeito à primeira atividade, a Comunidade Educativa foi convidada a encontrar a interpretação visual de um dos maiores clássicos da literatura portuguesa, retratado por jovens talentos, do 12.º AG, que mergulharam no universo dramático e emocional da obra para traduzir as suas palavras em imagens. O conto Arrependimento narra uma história de culpa, reflexão e as consequências de ações impulsivas, e é um exemplo marcante da mestria de Camilo Castelo Branco na exploração dos sentimentos humanos mais profundos. Através da leitura e análise do texto, os alunos envolveram-se com as temáticas centrais da obra: o remorso, a saudade e o desespero de um amor não correspondido. Nesta exposição, cada ilustração procurou representar os momentos mais significativos do conto, com destaque para as emoções intensas dos personagens e os cenários que acompanham as suas vivências. Os alunos utilizaram diferentes técnicas de ilustração (grafites de diferentes graus de dureza; apara-lápis e esfuminho; lápis de cor e/ou lápis de cor aguareláveis; pastéis de óleo; aguarelas; tinta-da-china preta; canetas/ aparos; esferográficas; marcadores e colagens), que vão desde o desenho à mão até à digitalização, explorando cores, formas e composições para comunicar a complexidade do conto de maneira visual.
Em relação à segunda atividade, os visitantes tiveram a oportunidade de explorar a diversidade de trabalhos que refletem o potencial, a imaginação e a sensibilidade de jovens talentos sob diversas formas de arte. Cada trabalho exposto é um reflexo da jornada individual de cada aluno, que, através das suas técnicas e experiências, partilharam connosco um pedaço do seu mundo. São criações que nasceram de curiosidade, dedicação e paixão por diversas formas de arte, e que se tornaram um convite para a reflexão e a inspiração.
Nesta exposição, os alunos mostraram que a arte não tem limites, porque cada forma de expressão, seja ela visual ou literária, transmite emoções e ideias únicas. Por meio da pintura, podemos ver o mundo sob novas perspetivas; com a fotografia, podemos capturar momentos fugazes que, de outra forma, passariam despercebidos; no crochet, a arte ganha vida através de fios e texturas; e, nas palavras da poesia, encontramos universos de sentimentos e interpretações.
A arte é uma linguagem universal e intercultural – e, hoje, ela está a ser contada por aqueles que estão apenas começando a escrever as suas histórias.
A Professora Bibliotecária
Paula Oliveira com a colaboração dos alunos do Curso de Assessoria Jurídica e Documentação (11.º AJD)