A aventura começou na manhã de 2 de julho, com a partida de autocarro até Pontevedra. A partir daí, os jovens iniciaram o seu Caminho a pé, percorrendo nesse primeiro dia 22 km até Caldas de Reis. Este dia foi dedicado à dimensão física. Cada participante foi desafiado a escutar o seu corpo — a reconhecer limites, a aceitar o esforço e a cuidar do outro ao seu ritmo. Durante o percurso, foi proposta uma reflexão pessoal sobre a importância do corpo como instrumento de serviço e de presença no mundo, culminando com uma breve partilha em grupo ao final do dia.
No segundo dia, 3 de julho, os jovens percorreram 18 km até à vila de Padrón. Este foi o dia da dimensão mental. Ao longo do caminho, cada um foi convidado a estar atento aos seus pensamentos: o que o motiva, o que o trava, que ideias o fazem avançar ou desistir. A proposta foi ganhar consciência da forma como a mente constrói o caminho interior e como o silêncio pode ser espaço de descoberta. Ao final do dia, houve nova partilha em grupo, em que cada um pôde dar voz ao que lhe foi passando pela cabeça… e pelo coração.
Finalmente, no dia 4 de julho, os peregrinos enfrentaram os exigentes 28 km até Santiago de Compostela. Este terceiro e último dia foi dedicado à dimensão espiritual. O desafio foi caminhar com o coração aberto: escutar a presença de Deus nos passos, nos encontros, na paisagem, na fadiga e na alegria da chegada. Cada jovem teve tempo de oração pessoal ao longo do percurso, com a proposta de escrever, em silêncio, uma breve oração ou agradecimento ao chegar à catedral.
Esta atividade, além de promover o esforço, o convívio e o contacto com a natureza, teve como principal objetivo ajudar os jovens a crescer de forma integrada, despertando o corpo, a mente e o espírito. Foi uma peregrinação de superação, mas também de escuta, de amizade e de fé. Uma vivência que, certamente, deixará marca na memória e no coração de todos os que nela participaram.
Pel’ O Conselho de Pastoral
Prof.ª Maria José Queirós