O momento solene foi presidido pelo Superior Provincial da Província de Fátima dos Missionários Claretianos, o padre Carlos Candeias, mas a Congregação fez-se representar por muitos outros missionários, destacando-se o responsável pela formação dos estudantes, o padre Félix Martinez Lozano. Na Assembleia, faziam-se notar vários familiares do Vítor que, vindos de Ponte de Lima, quiseram marcar presença e apoiá-lo neste passo. Não podemos deixar de ressaltar a presença da avó do Vítor, que, apesar da idade avançada, não podia faltar, pois, nas palavras do Vitor: “foi a minha avó que me ensinou a rezar”. Muitos outros amigos estiveram também presentes, facto que, certamente, preencheu, ainda mais, o seu coração, que nesse dia transbordava de emoções.
Este foi o dia para o qual o Vítor se vinha a preparar há longos anos, desde a sua entrada no percurso formativo na Congregação há 11 anos, aqui no Seminário dos Carvalhos. As várias etapas dessa formação incluíram o amadurecimento do seu discernimento vocacional, a introdução ao Carisma Claretiano e formação teológica, tendo sido realizados entre Portugal e Espanha.
Eis que chegou o momento da Profissão Perpétua, o momento do SIM definitivo ao projeto de Deus para o Vítor, o SIM definitivo ao convite a viver a sua vida ao serviço de Deus, ao serviço dos outros, em vida religiosa integrado na Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria.
Na sua homilia, o padre Carlos Candeias destacou a passagem do Evangelho de São Lucas onde se lia: “Naquele tempo, os Apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé». O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: ‘Arranca-te daí e vai plantar-te no mar’, e ela obedecer-vos-ia.” Usando da palavra, partilhou que a fé é a relação que estabelecemos com Deus, e que basta que a nossa fé seja como um grão de mostarda, uma semente das mais pequenas para que Deus realize em nós, por nós, os mistérios mais admiráveis. Basta que deixemos aberta uma pequena “frincha” no nosso coração para que Ele o preencha com o dom do seu Amor, com a sua luz. E foi essa luz que acendeu no Vítor a sua vocação, que inflamou o seu coração com um fogo que abrasa e que o Vítor quer partilhar com todos os que se cruzam no seu caminho, levando o Evangelho “às ilhas mais distantes”, à imagem de Santo António Maria Claret.
A celebração ficou marcada pela verbalização do Vítor do seu compromisso, fazendo votos de obediência, pobreza e castidade, e pela imposição das mãos do Superior Provincial, padre Candeias, assentindo à entrada do Vítor nos Missionários Claretianos, como membro de pleno direito segundo a constituição que rege esta Congregação. O abraço partilhado com cada um dos Missionários Claretianos presentes deixou no rosto do Vítor um sorriso indisfarçável, deixando transparecer a alegria que brotava do seu coração. Uma alegria partilhada por todos os que assistiram, mas, em particular, pela sua família e por aqueles que partilharam, bem de perto, cada passo dado pelo Vítor, e aos quais ele não esqueceu de agradecer.
Rezemos pelo Vítor, para que Deus lhe dê o ânimo e o discernimento para realizar no mundo o seu papel no projeto de salvação de Deus.
Conselho Pastoral
Prof. Carlos Coutinho