Sob a orientação da professora Paula Oliveira, os alunos do 11.º ano do curso de Assessoria Jurídica e Documentação, na disciplina de Técnicas Documentais, foram os protagonistas de uma jornada criativa que homenageou a biblioteca escolar — esse lugar onde os livros respiram, onde o silêncio fala, onde a curiosidade encontra abrigo.
Assim, inspirados pelo tema “Para além das estantes: IA, Bibliotecas e o futuro das histórias”, os alunos criaram e dinamizaram atividades que exploraram o impacto da Inteligência Artificial na leitura, na escrita e na forma como contamos histórias. A biblioteca tornou-se laboratório de ideias, espaço de debate e oficina de criação.
As atividades em destaque foram:
• “A IA conta o resto…” e “E se fosse assim…” – narrativas reinventadas com a ajuda da tecnologia;
• “Livro em código” – uma viagem entre palavras e algoritmos;
• “Histórias com Inteligência” – onde a IA se tornou coautora;
• “A estante inteligente” e “Histórias paralelas… Humanos “vs.” IA” – reflexões sobre o papel da máquina na construção de mundos;
• “Clube de Leitura” e “Debate sobre a Inteligência Artificial” – encontros de pensamento crítico e partilha.
As turmas convidadas — 10.º H1, 10.º H2, 10.º H3, 12.º PT e 12.º AJ — participaram ativamente, contribuindo para uma celebração que ultrapassou os limites físicos da biblioteca e se estendeu à Comunidade Educativa.
“O que devemos fazer é certificarmo-nos de que estamos a usar a Inteligência Artificial de uma maneira que beneficie a humanidade e não que a deteriore.” — Tim Cook
“A inteligência artificial precisa da inteligência natural para definir o seu propósito e limites. Sem isso, perdemos o controlo do que criamos.” — Andrés Gianni
Estas reflexões acompanharam as atividades, lembrando que a tecnologia deve ser usada com responsabilidade e consciência.
Integrando o espírito do mês (Rede de Bibliotecas Escolares), a celebração do Dia do Patrono, a 22 de outubro, trouxe uma dimensão espiritual e histórica à biblioteca escolar. A atividade “A IA ao encontro de Claret” foi pensada como uma extensão natural das reflexões sobre o papel da Inteligência Artificial na construção de narrativas e valores.
Com base em excertos da autobiografia de Santo António Maria Claret, os alunos foram desafiados a perguntar à IA: “Se Claret vivesse em 2025, quais seriam as suas causas? Que valores defenderia?” A resposta da IA tornou-se ponto de partida para uma reflexão profunda sobre os valores claretianos e a sua atualidade. Os alunos identificaram causas como a justiça social, a educação inclusiva e o cuidado com os mais vulneráveis, ligando-as às suas próprias interpretações e compromissos pessoais.
A atividade desenrolou-se em três momentos:
1. Leitura e descoberta — análise de textos com valores claretianos;
2. Diálogo com a IA — exploração das causas atuais de Claret através da tecnologia;
3. Compromisso pessoal — cada aluno escreveu uma frase com um gesto concreto inspirado nos valores descobertos.
Esta celebração mostrou como a IA pode ser uma ferramenta de valorização da memória, da espiritualidade e da identidade, ligando passado e presente, tradição e inovação.
Mais do que um espaço de livros, a biblioteca revelou-se um território de possibilidades, onde vozes se cruzaram e futuros começaram a ser escritos — com tinta, com código, com sonhos.
ano do Curso de Assessoria Jurídica e Documentação