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ESTEIROS
Esteiros, de Soeiro Pereira Gomes, é um
exemplo da excelência do autor, é um romance marcante da literatura
portuguesa do século XX e foi publicado em 1941.
A obra narra a vida de alguns jovens
trabalhadores que, à beira dos esteiros do Rio Tejo, fabricam
tijolos de barro nos telhais. Gineto, Gaitinhas, Malesso, Maquineta,
Sagui, e outros, são esses jovens operários-meninos dos telhais.
Estão sujeitos à dureza do trabalho, quando o conseguem arranjar.
Quando os pequenos serviços que lhes dão o “ganha-pão” escasseiam,
vão vadiando ou roubando laranjas ou uvas na Quinta, para comer
durante o resto do tempo. Apesar de tudo, sonham.
O livro divide-se em quatro capítulos,
correspondendo cada um a uma estação do ano (Outono, Inverno,
Primavera e Verão, respectivamente).
Gineto é o revoltado “chefe” do grupo;
Sagui, o contador de histórias e o menino de rua; Gaitinhas, o
estudante; e Maquineta é aquele que sempre sonhou em trabalhar na
Fábrica Grande. Todos eles encontram esquemas para arranjar um sítio
para passarem as noites como para comerem.
Estes rapazes passaram maus momentos,
como as cheias vividas no Inverno, o afastamento por uns tempos de
Gineto do grupo, e, no fim, o aprisionamento deste. Depois de todas
as aldrabices que Gineto cometeu, este pagou por todo o mal que fez.
O tempo vai passando e o “chefe” vai esperando a chegada dos seus
melhores companheiros para o ajudarem a fugir da prisão, mas estes
já quase não se lembram daquele que tanto fez por eles.
É esta a história dos moços que parecem
homens e nunca foram meninos.
Título: Esteiros
Autor: Soeiro Pereira Gomes
Modo/Género literário: Narrativo/ Romance
Editora: Publicações Europa-América
Sugestão de Inês Catarina Sequeira Correia, n.º 9688, 10.º H1
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