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EXPOSIÇÃO
DE PINTURA E FOTOGRAFIA
ANGARIAÇÃO DE FUNDOS PARA A
VISITA DE ESTUDO A BARCELONA
12º AG - ARTES E INDÚSTRIAS GRÁFICAS - 13 a 27 FEV. 2009
GALERIA-BAR “3 COLUNAS” |
Do Clássico…
“Aprender a desenhar copiando outros
desenhos de autores com uma mestria consolidada, foi sempre a etapa
inicial pela qual passaram inevitavelmente muitas gerações de aprendizes
através dos séculos.
Desde o princípio, foram vários os tratados
de arte que recolheram conselhos sobre este tipo de práticas; no livro de
arte Cennino Cennini de finais do século XVI diz:
“ Ocupa-te em copiar à mão as melhores
coisas que encontres dos grandes mestres e se te encontras num lugar
rodeado de obras da maioria dos mesmos, melhor para ti. Mas eu
aconselho-te: tem em conta em escolher sempre o melhor e o mais famoso; e
assim cada dia que passa, contra natura vais adquirindo parte do seu
estilo e da sua maneira.”
Os mesmos conselhos aparecem também várias
vezes nos escritos de Leonardo sobre a formação do pintor, que, segundo
ele, há que apurar a mão copiando desenhos dos bons mestres.”
Juan José Gómez Molina (coord.), “Las Lecciones del Dibujo”, Ed.
Cátedra, 1995, Madrid, Espanha.
Aprender pela reprodução das obras dos
grandes mestres
O objectivo da proposta teve como directriz
a elaboração de um trabalho minucioso de cópia da obra de um autor; do
renascimento até ao modernismo, à escolha do aluno, onde a figura humana
estivesse destacada. Depois de escolhida a técnica e o suporte adequados
ao original iniciou-se o processo:
- Duas fotocópias ou impressões, uma a
cores e outra a preto e branco, à escala de 1/x da obra original.
- Na impressão a preto e branco o aluno
desenhou uma grelha de apoio com uma trama de quadrados proporcionais à
imagem.
- Na folha de papel desenhou-se a mesma
grelha de transparência.
- Finalmente passou-se à pintura do
trabalho, tendo sido fulcral uma aproximação fiel e rigorosa da cor e
dos tons originais, lembrando sempre as limitações das técnicas e
suportes escolhidos.
Sónia Carvalho
… ao Contemporâneo
Os alunos de Artes e Indústrias Gráficas
(12º AG - Atelier Gráfico da via Científico-Tecnológica) apostaram no
desenvolvimento de trabalhos de forma a homenagear uma das linguagens
contemporâneas, explorando e acentuando por vezes a ambiguidade do
estatuto da imagem.
A representação é fragmentada e a composição torna-se leve, suspensa de
forma a valorizar o significado de cada elemento, real ou imaginário. A
descontextualização das imagens do quotidiano cria novas paisagens, sem
tempo, como se tudo estivesse parado, à espera…de forma enigmática.
As técnicas de óleo e acrílico foram
experimentadas com sucesso, dando forma e significado às suas criações.
Que esta nova viagem que agora começa dê origem a muitas outras, onde os
mistérios serão progressivamente desvendados.
Aníbal Couto
Pré-Impressão
O projecto do grupo de pré-impressão
inserido na temática da exposição – o surrealismo – teve como ponto de
partida a praia.
Os alunos fizeram fotografia analógica e
digital, copiando diferentes imagens da praia da Aguda.
As fotografias tiradas no processo
analógico foram depois ampliadas e reveladas e as tiradas no processo
digital, trabalhadas e manipuladas através do programa Photoshop.
Foram inseridos objectos
descontextualizados com a imagem original, criando-se novas paisagens
surrealistas.
Ana Gonçalves, Rui Tibério
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