 |
Do
Conhecimento ao Oceanário |
Os Departamentos Curriculares de Ciências Naturais e Ciências Matemáticas
organizaram uma visita de estudo conjunta direccionada aos alunos do 5º
ano, ao Pavilhão do Conhecimento, que teve lugar no passado dia 15 de
Maio.
No Pavilhão do Conhecimento, a Matemática
está bem Viva na exposição interactiva que oferece aos alunos mais de
sessenta maneiras diferentes de aprender Matemática a brincar, ou de
aprender a brincar com a Matemática. Para além de útil e verdadeiramente
indispensável, a Matemática pode ser até bastante divertida e está
presente em quase todas as actividades do nosso dia-a-dia, ainda que
muitas vezes disso não nos dêmos conta.
Na sala do Explora os alunos puderam
explorar por si próprios, experimentar à sua vontade, num espaço que se
pretende como uma "floresta de fenómenos naturais”, fenómenos do dia-a-dia
de todos nós, por vezes aparentemente complexos, que aqui são abordados de
uma forma divertida, simples, familiar, de um ponto de vista universal e
científico. Puderam criar e tocar num tornado e até mesmo modificar as
suas características, rodando uma simples manivela. Descobriram que nem
todas as sombras são a preto e branco e verificaram quantas cores
diferentes conseguiam fazer com as suas sombras. Fizeram uma bolha de
sabão gigante com apenas um leve sopro, e ainda antes de ela rebentar
viram as suas cores cintilantes, em mais uma das actividades desta
exposição onde a física, o humor e a arte coexistem para criar módulos
interactivos e instrutivos.
Na actividade Espaço a última fronteira, os
alunos simularam a deslocação em solo lunar e verificaram que a tarefa não
é tão simples como parece… Este módulo da exposição pode ser traduzido
numa moral, como em todas as histórias, que se aplica como uma luva à vida
dos nossos alunos: “Só com muito estudo, trabalho e dedicação podes
realizar o sonho de voar”. No entanto, alguns puderam experimentar a
sensação do trapezista, ao pedalar na bicicleta suspensa sobre uma rede de
circo.
No Oceanário, entrámos no barco da
imaginação e fizemos uma verdadeira viagem à volta do mundo. Fomos até aos
Açores, com as suas rochas basálticas, e ficámos a perceber a importância
dos animais se adaptarem ao seu ambiente. Visitámos a Antárctida, onde os
pinguins nos receberam vestidos a rigor. Num momento muito engraçado, o
nosso guia ensinou-nos a importância do “abraço” para nos sentirmos
quentinhos, imitando o que fazem os pinguins durante as grandes
tempestades de neve. Na “casa” da Amália e do Eusébio fomos recebidos, com
muitas brincadeiras, por estas amorosas lontras, que não se cansaram de
dar espectáculo, provando que são verdadeiros artistas, como aqueles que
lhes deram os nomes. A chegada à floresta tropical húmida foi acompanhada
por um verdadeiro concerto musical: os pássaros e as aves mostraram que
sabem receber as suas visitas. Os peixes não quiseram ficar atrás e
puseram as suas escamas mais coloridas para criar um verdadeiro arco-íris
subaquático. No grande tanque central, um grandioso aquário com cerca de
1000 m2 e 5000 m3 que representa o grande oceano que une todos os nossos
continentes, foi com espanto que vimos a Lua….. Sim, mas o peixe!!! Este
animal fantástico, quando observado de baixo para cima, em contraste com a
água, parece uma lua cheia a iluminar os nossos sonhos de exploradores dos
mares.
Neste gigantesco aquário vivem
pacificamente cerca de 100 espécies diferentes, de vários recantos do
oceano. A temperatura da água permite uma convivência harmoniosa entre
peixes tropicais e de águas temperadas. Graças aos seus 7 metros de
profundidade, é também possível distinguir perfeitamente entre as espécies
que preferem nadar à superfície das que vagueiam junto ao fundo.
Os jogos de luz, som e cheiro que
acompanham o movimento dos diferentes animais, criam uma coreografia
surpreendente que nos envolveu durante toda a visita e que nos prendia ao
mar, de tal forma que, por nossa vontade, teríamos permanecido muito mais
tempo no fundo do oceano. Assim é fácil entender o fascínio do mar…….
Em forma de balanço, podemos afirmar que
esta actividade foi um momento único e inesquecível, que ficará na memória
de todos os que participaram nesta aventura por “mares já navegados”. Além
de alargar horizontes geográficos, a visita permitiu adquirir
conhecimentos e vivenciar experiências que seriam impossíveis no contexto
sala de aula.
Não podemos deixar de agradecer aos colegas
Ana Lopes, Carla Santos, Cristina Baptista, Isidro Pinheiro e Ismael Gomes
pela disponibilidade que mostraram em acompanhar os alunos nesta “Aventura
pelo Conhecimento”, apesar das horas “impróprias” a que tivemos que partir
e chegar. Mas, como diz o Poeta/Cientista António Gedeão/Rómulo de
Carvalho “O sonho comanda a vida e sempre que o Homem sonha o Mundo pula e
avança…”, nós, com os nossos sonhos, avançámos um pouco mais ao encontro
do respeito e empenho que os nossos alunos nos merecem. O nosso
agradecimento também aos pais pela imensa compreensão.
Alice viveiros, professora
de Ciências da Natureza
André de Sousa, professor de Ciências da Natureza
António Pedro Rebelo, professor de Ciências da Natureza
Pedro Gil Martins, professor de Matemática
Sandra Campelos, professora de Matemática
|