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EXPOSIÇÃO DE PINTURA E FOTOGRAFIA
COLÉGIO INTERNATO
DOS CARVALHOS, GALERIA - BAR "3 COLUNAS"
ANGARIAÇÃO DE FUNDOS PARA A VISITA DE ESTUDO A MADRID
12º AG - ARTES E
INDÚSTRIAS GRÁFICAS
PATENTE AO PÚBLICO
DE 05 A 19 FEV. 2010, DAS 9H ÀS 18H |
Os desafios lançados pelos professores aos
alunos foram:
Ana Gonçalves e Rui Tibério
“Através da arte transcrevemos na matéria
algo de muito particular que estamos a sentir ou a pensar num
determinado momento. Ou então, entregamo-nos muito simplesmente à
manipulação dos materiais, experimentando as suas propriedades plásticas
e visuais. Seja como for, tornamos essa forma uma realidade visível e
física, a obra adquire um sentido humano e uma alma própria.”
Almada Negreiros
O projecto realizado pelos alunos de Pré-Impressão (Fotocomposição e
Fotografia), consistiu na reprodução visual de obras históricas como “A
Leiteira” (1658-60) e “A menina do brinco de pérola” (1665), de Johannes
Vermeer; “O grito” de Munch; “Boots With Laces” de Vincent Van Gogh;
Andy Warhol; Roy Lichtenstein, entre outros.
Baseado nas composições, personagens e no contexto temporal, foram
recriadas as cenas originais (acessórios, cenários, etc.) e fotografadas
digitalmente.
Estas imagens captadas foram depois manipuladas (Photoshop, Illustrator)
de forma a obter resultados semelhantes ao quadro inspirador e ao mesmo
tempo diferentes.
A exploração criativa tanto da captação fotográfica, como da manipulação
da imagem, resultou num conjunto de imagens ricas e únicas, abraçando o
imaginário e a fantasia de cada um e envolvendo toda a turma num
espírito de equipa.
Sónia Carvalho
Partindo de um estudo de perspectiva de Filippo Bruneleschi e tendo como
enquadramento para o trabalho um tríptico, foi proposto à turma de
Desenho A, habitar o mesmo espaço; recreando-o com acções e objectos do
quotidiano numa assemblage de épocas distintas, do clássico ao
contemporâneo, como uma plataforma sujeita a interpretações.
O tríptico de Inês Lapa, Inês Soares e Mariana Sá, resulta do esforço de
um trabalho de grupo na tentativa de criar uma unidade, um todo habitado
pelas diferentes perspectivas e personalidades, como uma afirmação da
nossa identidade.
Podemos encontrar o desenho nos contornos da menina que salta do banco e
nas marcas do grafitti na cabine telefónica. Desenhar faz parte da nossa
forma de actuar, interrelacionar com o próprio ambiente, gravando no
próprio a presença humana.
O desenho está em todo o lado, as pessoas esboçam em qualquer parte: o
“desenho” pode ser visto como uma linguagem universal quando a
comunicação verbal falha, representado no tríptico por um rosto sem boca
e na presença/ ausência de uma silhueta.
São as marcas, os trilhos, as sombras uma maneira de traçarmos o mapa da
nossa passagem.
Nuno Cordeiro
"Pessoalmente vivi, durante anos, num tal estado de ilusão. Mas depois
veio o momento em que os meus olhos puderam ver claro. Percebi que o
domínio da técnica não era mais a minha finalidade porque fui tomado dum
outro anseio, cuja existência até então me era desconhecida. Vinham-me
ideias que nada tinham que ver com a arte da gravura, fantasias que me
cativavam de tal maneira que as queria absolutamente transmitir a
outros. Isto não podia acontecer com palavras, pois não eram pensamentos
literários, mas sim imagens de pensamento que só se poderiam tornar
compreensíveis aos outros, quando se lhes pudesse mostrar como imagem
visual. O método pelo qual se poderia chegar a essa imagem perdeu de
repente significado. Naturalmente, não é em vão que alguém se ocupa
durante anos com as técnicas da gravura. O ofício não só se havia
tornado na minha segunda natureza, mas também me parecia necessário para
continuar a usar uma técnica de reprodução que possibilitasse fazer
compreender as minhas intenções a muita gente ao mesmo tempo. " M.C.
Escher
As alunas Diana Vilar, Joana Martins, Carolina Trindade, Marta Silva e
Eduarda Claro, tinham como proposta criar uma tela para esta exposição.
Algumas inspiraram-se nas gravuras do Holandês M.C. Escher, outras
fizeram algo a partir da sua imaginação ou, no caso da Eduarda,
reproduziram um elemento natural.
Algumas enfrentaram a tela em branco pela primeira vez o que se tornou
constrangedor, mas todas superaram esse primeiro desafio com distinção e
espero que repitam no futuro a experiência.
Aníbal Couto
Personalidades
“Personalidades” foi o tema escolhido pelos alunos de Artes e Indústrias
Gráficas (12º AG - Atelier Gráfico da via Científico-Tecnológica) para o
desenvolvimento de trabalhos que visam homenagear personalidades que se
destacaram, pelo seu legado à Humanidade, nas áreas das artes (música,
cinema, literatura), ciências, religião e desporto.
Os trabalhos expostos pretendem transmitir de forma fiel, não só a
imagem dos retratados, mas também o espírito das suas realizações
através dos vários elementos associados e explorados nas composições.
“O desenho é a representação sem máscara, o osso da imagem que um
artista pode conceber. O desenho é a estrutura que tantas vezes a mancha
vem debelar mas sem a qual tudo desmorona. Expor o desenho é revelar, é
assumir, como se regressássemos à base da expressão plástica e
entendêssemos os seus fundamentos como bastantes…” (Valter Hugo Mãe).
Os desenhos/pinturas foram desenvolvidos com o objectivo de atingir um
apuro técnico que leva obrigatoriamente a um conhecimento e manipulação
das capacidades expressivas dos materiais e das técnicas envolvidas.
Que estes primeiros passos deixem marcas e ajudem a desvendar novos
caminhos para um futuro pleno de realizações.
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