FALAR SAÚDE Nº 18: O duro regresso

Prof. Isabel Cristina
16/09/2011

Depois das férias nem sempre é fácil retomar a rotina laboral. São cada vez mais as pessoas que no momento do regresso se deparam com sintomas de irritabilidade, perturbações do sono ou disfunções alimentares.

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Rubrica GOVCIC 02 de Março de 20
 

 

  Rubrica
Falar Saúde
15 de Setembro de 2011

 

 

 

 

 


Não há dor que o sono não consiga vencer.
Honoré de Balzac


Falar Saúde Nº 18
O duro regresso

Depois das férias nem sempre é fácil retomar a rotina laboral. São cada vez mais as pessoas que no momento do regresso se deparam com sintomas de irritabilidade, perturbações do sono ou disfunções alimentares. É a angústia do regresso a que a ciência já apelidou de síndrome pós férias.

No que respeita ao sono, durante o período de férias os horários são mais flexíveis, há mais tempo para organizar tarefas, descansar, partilhar bons momentos com a família. Por isso, o regresso à escola/trabalho constitui uma situação indutora de “stress” pela readaptação biopsicológica que exige.

Mas a hora de deitar tem de ser recuperada, tal como a hora de acordar. Se esse processo for feito numa semana não custará nada, se for no primeiro dia de escola estão reunidas as condições para um começo difícil.

O sono é algo necessário para sobreviver e gozar de boa saúde, mas ainda não se sabe porque se necessita do sono nem exatamente como nos beneficia. As necessidades individuais de sono variam amplamente e nos adultos saudáveis vão de apenas 4 horas diárias de sono até 9 horas.

O sono é regulado por uma hormona designada melatonina que começa a ser produzida por volta das 20 horas, atingindo o seu pico máximo às 4 da manhã, o período em que existe uma maior propensão para o sono. A sua produção é interrompida com a exposição à luz: artificial ou natural. O nosso relógio biológico está sincronizado com os movimentos de rotação da Terra. Com a alvorada e o pôr-do-sol surgem pistas ambientais que nos indicam que a hora de levantar ou de deitar está próxima. Acontece, porém, que estes horários, ajustados ao comportamento do Sol, podem ficar atrofiados. Muitos fatores, como a excitação ou o “stress” emocional, podem determinar as horas de sono de uma pessoa e a forma como se sente ao despertar.

Curiosidade…

O padrão de sono não é uniforme, mas tem várias fases diferenciadas. Durante um sono noturno normal há 5 ou 6 ciclos de sono. O sono começa pela fase 1 (o grau mais superficial, em que a pessoa acorda facilmente) e avança até à fase 4 (o grau de maior profundidade, em que a pessoa acorda com dificuldade). Na fase 4, o tónus muscular, a pressão arterial e a frequência cardíaca e respiratória estão diminuídos ao máximo. Para além destas 4 fases existe um tipo de sono acompanhado de movimentos oculares rápidos (REM) e de atividade cerebral. A atividade elétrica no cérebro é anormalmente alta durante o sono REM, um pouco semelhante a um estado de vigília. No sono REM, tanto a frequência como a profundidade das respirações estão aumentadas, mas o tónus muscular está deprimido, inclusive em maior grau do que nas fases de profundidade máxima do sono não REM. A maioria dos sonhos ocorre durante o sono REM e na fase 3 do sono, enquanto o falar a dormir, os terrores noturnos e o sonambulismo costumam acontecer durante as fases 3 e 4. Durante um sono noturno normal, o sono REM segue-se imediatamente a cada um dos 5 ou 6 ciclos da fase 4 do sono não REM, mas na realidade o sono REM pode acontecer em qualquer fase.

Votos de um bom ano letivo e lembrem-se que uma atitude positiva é meio caminho andado para derrubar obstáculos!

Prof. Isabel Cristina

 

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