FALAR SAÚDE Nº 64: PRIMEIROS SOCORROS - NO CIC

Prof. Isabel Cristina
28/04/2014

Na sequência do artigo anterior resolvi falar-vos de mais algumas situações acidentais, em que qualquer um de nós pode atuar e minimizar as consequências nefastas para as vítimas.

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Rubrica GOVCIC 02 de Março de 20
 

 

  Rubrica
Falar Saúde
28 de abril de 2014

 

 

 

 

 


Acidentes acontecem até nas melhores famílias.
Charles Dickens


Falar Saúde Nº 64
Primeiros Socorros: No CIC

Na sequência do artigo anterior resolvi falar-vos de mais algumas situações acidentais, em que qualquer um de nós pode atuar e minimizar as consequências nefastas para as vítimas. Lembrei-me, em concreto, de casos ocorridos no colégio, comigo ou com colegas meus, durante uma aula ou até mesmo durante uma visita de estudo. Mais uma vez é importante referir que todos nós temos a sensibilidade, mesmo que inconsciente, para distinguir situações ligeiras de situações muito graves, o que nem sempre sabemos é como atuar. Vamos ver então o que fazer em situações simples que dispensam uma chamada desnecessária para o serviço de emergência médica.


Hemorragia nasal

Define-se hemorragia como o escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos. A perda de sangue pelo nariz ou epistaxis, é uma hemorragia exteriorizada que ocorre espontaneamente ou em consequência de uma pancada no nariz.

Neste caso devemos:

1º Colocar a vítima com a cabeça direita, no alinhamento do corpo, não inclinada para a frente, para evitar o aumento do fluxo de sangue à região do nariz, ou para trás, para prevenir a aspiração de sangue para a via aérea;

2º Comprimir com os dedos polegar e indicador em pinça, apertando as extremidades das narinas, durante cerca de 10 minutos.

3º Aplicar gelo no local, mas não diretamente sobre a pele;

4º Se a hemorragia não parar rapidamente, ou se recomeça, a pessoa deve ser encaminhada para o hospital, pois a perda de sangue pode ser sinónimo de um outro problema no organismo.


Queimaduras simples

As queimaduras são lesões provocadas por diferentes fatores: o calor, o sol, a fricção, a eletricidade, produtos químicos, etc. Existem queimaduras de 1º, 2º e 3º graus, sendo que as duas ultimas são feridas e o seu maior perigo é a infeção.

Aquelas que podemos tratar imediatamente são as queimaduras simples, ou seja, a queimadura de 1º grau pouco extensa, por exemplo a placa vermelha provocada por um excesso de exposição ao sol e a minúscula queimadura de 2º grau, como a pequena bolha provocada por uma queimadura de cigarro ou pela fricção do calçado.

Nestes casos devemos:

1º Arrefecer a queimadura o mais possível com água (não muito fria) da torneira ou do chuveiro;

2º O arrefecimento deve durar pelo menos 5 minutos ou até a sensação de dor desaparecer;

3º Aplicar um produto que permita proteger e regenerar a pele, rico em vitamina A, ou com ação antibiótica (Biafine, Bepanten ou Halibut, por exemplo);

4º Aplicar um penso húmido (pano ou compressa) por cima;

5º Não furar as bolhas;

6º No caso da queimadura solar, beber água em abundância.

NOTA: No caso das queimaduras causadas por produtos químicos (situação que pode ocorrer nos nossos laboratórios) a única ação que devemos tomar, enquanto aguardamos por ajuda especializada, será lavar a região afetada com água corrente, não muito fria, durante pelo menos 15 minutos.


Desmaios

O desmaio, ou a sensação de perda de consciência, pode ter várias causas, mas as mais comuns são a diminuição da tensão arterial ou da glicemia (açúcar no sangue), esforço excessivo, ambientes abafados, estar de pé durante muito tempo ou dor intensa.

Neste caso devemos:

1º Segurar a vítima, evitando que caia, sem apoio, no chão;

2º Deitar a vítima no chão com a cabeça virada para o lado e levantar-lhe as pernas a cerca de 30 ou 40 centímetros;

3º Aplicar uma compressa fria na testa, molhando qualquer tecido limpo em água gelada, por alguns minutos;

4º Se a vítima não recuperar a consciência em menos de 3 minutos, chamar uma ambulância;

5º Se a vitima recuperar, oferecer um copo de água com uma colher de açúcar, uma bolacha ou pão, para ajudar a contrariar a baixa de açúcar no sangue que pode ter levado ao desmaio;

6º Vigiar a vítima até que recupere completamente;

Caso a vítima ainda não tenha desmaiado, mas existam sintomas de que isso possa ocorrer, recomenda-se que a vítima se sente e mantenha a cabeça entre os joelhos.

Nos casos de episódios repetidos de desmaio, o indivíduo deve consultar um clínico geral para avaliar as causas e indicar o médico especialista mais apropriado para fazer o tratamento.


Prof. Isabel Cristina

 

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