O centenário de José Saramago, no CIC, arrancou no dia 16 de novembro e vai prolongar-se até ao final do mês de novembro. Esta efeméride constitui uma oportunidade para, através de várias homenagens ao Prémio Nobel de Literatura (1998), aproximar os alunos do escritor, desconstruindo a pressão associada à leitura das suas obras obrigatórias em sede de exame nacional.
Assim, alunos e professores em colaboração com a Biblioteca Escolar (BE) foram desafiados a promover atividades, com o desígnio de evocar este escritor.
Porque “a leitura é, provavelmente, uma outra maneira de estar em algum lugar” (Saramago), o Grupo Disciplinar de Línguas Românicas abraçou o programa “Saramago na Escola” com a iniciativa “Leituras Centenárias”, uma parceria da Fundação José Saramago com a Rede de Bibliotecas Escolares e com o Plano Nacional de Leitura. Desta forma, os alunos das turmas do 12.º BT1 e 12.º AJD, orientados pelos seus professores de Português, Dr. Paulo Pereira e Dr.ª Lígia Campos, fizeram a leitura de excertos de obras de José Saramago, com o intuito de promover a leitura, o aperfeiçoamento da língua e a compreensão da narrativa nos jovens.
Durante este dia, foram projetados, na Biblioteca Escolar Nélson Padrão, vários vídeos/documentários sobre a Vida e Obra deste grande vulto da literatura portuguesa.
Os alunos do curso de Biotecnologia, com a professora Alice Viveiros, estabeleceram um paralelismo entre a planta “Raphanus Raphanistrum” (popularmente conhecida por saramago) e o escritor José de Sousa, cujo apelido Saramago se deve a essa planta. Também apresentaram duas sugestões culinárias – Sopa de Saramagos e Salada de Saramagos - cujo ingrediente principal são os saramagos.
"E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?" (Saramago) Esta citação levou-os ainda trabalhar o conto infantil “A Maior Flor do Mundo”, construindo um modelo da flor que foi salva pelo “menino herói”.
«Cansado de brincar sempre nos mesmos sítios, um menino decide sair da sua aldeia, passar o rio e subir a encosta. Lá, encontra uma flor murcha e caída que precisa de ser salva. Este menino faz os possíveis para dar uma nova vida à flor. É dessa fantasia de grandiosidade que nasce a obra.»
Além disso, os alunos do curso de Assessoria Jurídica e Documentação realizaram um questionário sobre a Vida e Obra de José Saramago, que será disponibilizado a todos os alunos do CIC.
Por sua vez, os alunos do curso de Artes Gráficas, com a professora Ana Gonçalves, montaram a exposição “Voltar aos Passos que Foram Dados” – 1922-2022, patente na Biblioteca Escolar Nélson Padrão, disponibilizada pela Fundação José Saramago.
Aguardem ainda mais iniciativas, porque celebrar Saramago no CIC não fica por aqui!
Prof.ª Paula Oliveira